A Gávea acaba de ganhar seu primeiro lançamento focado em habitações compactas para estudantes. O Gaví, da Performance Empreendimentos, ocupa um terreno de 3.800 m² na Marquês de São Vicente, preserva um casarão histórico e aposta na abertura da estação do metrô, que está prevista para 2028, para reposicionar o mercado imobiliário da região. As informações são do Diário do Rio.
Moradia com foco no público universitário e reconfiguração urbana
Ao contrário de polos como Maracanã e Fundão, a Gávea nunca consolidou um cinturão de estúdios voltados a quem chega de outras cidades para estudar. A mudança do perfil da PUC após o início do novo curso de medicina, com mais alunos vindo do interior e de outros estados, pressiona por oferta próxima ao campus — algo que o bairro não acompanhou ao longo das décadas.
A abertura da estação do metrô, aguardada há mais de dez anos, é vista por incorporadores e moradores como fator decisivo para destravar novos formatos de moradia. Com a perspectiva de deslocamentos mais rápidos e menos dependência de carro, projetos compactos passam a fazer sentido em uma região marcada por apartamentos grandes, vagas múltiplas e preços elevados.
Estúdios e apartamentos completos em um mesmo empreendimento
O Gaví terá 189 unidades, entre estúdios de 30 m² a 43 m² e apartamentos de 1 a 3 quartos, chegando a 106 m². O lazer inclui rooftop com piscina, academia, áreas de yoga e crossfit, sauna e espaços de convivência distribuídos pelo térreo. A opção por menos vagas de garagem segue tendência de bairros consolidados que reduzem circulação de carros e conseguem baratear unidades compactas.
No centro do terreno, um casarão antigo — que por anos gerou apreensão entre vizinhos pela possibilidade de demolição — será restaurado e reaberto ao bairro. O espaço vai funcionar como um hub de convivência, com coworking, salas de reunião, estúdio de podcast e pequenas áreas de uso comum. A preservação, incomum em lançamentos da Zona Sul, recebeu apoio da AMA Gávea, associação conhecida pela postura rígida com intervenções urbanas.

A incorporadora também observa um movimento crescente de investidores que compram por consórcio, alugam por temporada e usam essa receita para quitar o imóvel, modelo que ganhou força na Zona Sul e impulsiona a demanda por apartamentos menores e bem localizados.

