O Rio se prepara para passar por mudanças na sua rede de transportes nos próximos anos. Aprovada pela Câmara em outubro, a substituição de corredores do sistema BRT por linhas com Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) ou Veículos Leves sobre Pneus (VLP) está em fase de estudos e será implementada na Transcarioca e na Transoeste, com expansão para outras linhas.
Enquanto a capital analisa o futuro dos modais, municípios próximos na Região Metropolitana se inspiram nos meios de transporte do Rio. Niterói, São Gonçalo e outras cidades da região têm projetos de mobilidade, em diferentes fases de desenvolvimento, semelhantes aos modelos do BRT e do VLT.
São Gonçalo constrói corredor viário inspirado no BRT
Em São Gonçalo, o principal projeto de mobilidade tem inspiração clara no sistema BRT. Desde 2023, o município desenvolve seu próprio corredor viário expresso, o Mobilidade Urbana Verde e Integrada (MUVI). A faixa seletiva para os ônibus da cidade tem 18 km de extensão e liga Neves a Guaxindiba, atravessando boa parte dos bairros da cidade. A previsão é que o projeto fique pronto em 2026.
Diferente do sistema carioca, o MUVI não terá uma nova frota específica para o corredor. De acordo com o prefeito Capitão Nelson (PL), a previsão é que os ônibus das linhas municipais e intermunicipais que já operam na cidade utilizem a via.
O “verde” do nome fica por conta da ciclovia que acompanha a faixa expressa e de áreas verdes que estão sendo criadas em alguns trechos. O lado sustentável levantou algumas polêmicas entre políticos de oposição; ao mesmo tempo que plantou novas mudas, a prefeitura também derrubou árvores em diferentes locais para atravessar a nova pista.

O projeto é realizado em parceria com o governo estadual, que investiu R$ 287 milhões nas obras. Inicialmente, o corredor estava previsto para ser inaugurado em 2024. O prazo, no entanto, sofreu sucessivos atrasos e, agora, a previsão de conclusão é para o primeiro semestre do próximo ano. As intervenções estão na fase final, segundo a prefeitura, com obras nos bairros Alcântara, Trindade e Santa Luzia.
Niterói vai receber incentivo federal para construir VLT
Enquanto isso, a vizinha Niterói tem planos mais parecidos com o da gestão carioca. Em agosto, a prefeitura formalizou um acordo com o Governo Federal para implantar sua própria linha de VLT. O projeto prevê a criação de um trilho que ligue o Barreto ao Centro da cidade, com extensão total de 5 km e dez estações ao longo dos bairros.
O prefeito Rodrigo Neves (PDT) já teve reuniões sobre o assunto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que autorizou o financiamento do projeto através do novo PAC Seleções. O investimento total será de R$ 450 milhões. Apesar disso, ainda não há uma data prevista para o início das obras e, portanto, não se sabe quando a prefeitura pretende inaugurar a linha.
Projeto de VLT em Maricá prevê implementação de novo modal até 2028
Outro município da região que sonha com um VLT há alguns anos é Maricá. O prefeito Washington Quaquá (PT) já fala em projetos para implementar linhas de veículos sobre trilhos na cidade desde 2011. Na época, a ideia era fazer uma linha conectando o bairro Ponta Negra à cidade vizinha de Niterói. O plano chegou a ser orçado e divulgado. No entanto, não chegou a sair do papel.
Mais de dez anos depois, os planos são outros. Neste ano, Quaquá voltou a falar de um projeto de Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) na cidade e divulgou um projeto que prevê uma linha de 7,7 km de extensão ligando aos distritos de Inoã e Itaipuaçu, com 15 estações ao longo do trajeto.

O plano divulgado ao público no portal da Prefeitura estima R$ 800 milhões de custo para implementar a linha e promete uma frota inicial com 7 composições e operada através de tecnologia de supercapacitores. A previsão inicial era de iniciar os processo de licitação e obras ainda em 2025. A última atualização dada por Quaquá, no entanto, era de que o plano estava em negociações para atrair potenciais financiadores e integrar o PAC. A prefeitura também pretende usar recursos próprios.
A previsão do plano é de que a implantação da primeira fase do sistema leve em torno de quatro anos para ser concluída a partir do início das obras. A operação plena do modal pode levar oito anos. Ainda não há data confirmada para o início das obras.
Baixada vai ter integração com BRT e foi citada em estudo de VLT
Os municípios da Baixada Fluminense, por sua vez, estão ligados aos projetos de mobilidade da capital. Ao mesmo tempo em que vai substituir o BRT em algumas linhas, o prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) também pretende expandir outros trajetos do sistema e viabilizar a integração entre eles e os ônibus que vêm da Baixada, através do projeto “BRT Metropolitano”, anunciado em agosto.
Não há previsão de quando essa integração passa a valer, mas a previsão é que o contato entre BRT e ônibus da baixada aconteça através de novos terminais. A Prefeitura já anunciou a construção dos terminais Metropolitano Missões (para conectar o BRT à Duque de Caxias e Magé) e Margaridas (para ligar à Belford Roxo, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados e São João do Meriti). Ambos já estão em obras e têm previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2026.

Apesar da integração com o BRT, a Baixada também tem projetos esboçados para suas próprias linhas sobre trilhos. Um deles foi citado no Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), desenvolvido desde 2024 pelo Ministério das Cidades em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O estudo menciona um projeto de VLT que conectaria Nova Iguaçu à estação Pavuna, na Zona Norte do Rio. A linha teria 12,6 km, atravessando os municípios de Belford Roxo, Mesquita e São João de Meriti. Um leito ferroviário de carga desativado na região serve de “guia” para o plano, que ainda prevê uma integração do sistema com o ramal Belford Roxo da SuperVia e com a Linha 2 do Metrô.
O esboço citado no ENMU é apenas um estudo preliminar e ainda não há planos concretos para tirar a linha do papel. Um dos desafios inclui o uso do antigo leito, que pertence à empresa privada MRS Logística. O Plano Regional de Mobilidade (PRM) 2034 do governo estadual destaca que não há planos para desenvolver a linha nos próximos anos.
Outro projeto de VLT na Baixada citado pelo ENMU envolve uma tradicional linha ferroviária no município de Magé. O esboço prevê ligar a estação de Vila Inhomirim, ramal da SuperVia, ao município de Petrópolis, na Região Serrana, por meio de uma linha de 6,5 km de extensão e cinco estações.
O relatório destaca que o terreno acidentado da serra pode ser um desafio para tirar o plano do papel, mas cita um parecer positivo do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) sobre. Apesar disso, não há previsão de implementar a linha nos próximos anos, já que a instalação seria complementar a um outro projeto — o de revitalização do ramal Vila Inhomirim-Saracuruna, que é avaliado pela Secretaria de Transportes do governo estadual.


O corredor viário que está sendo construído em São Gonçalo é uma enganação. Não tem pistas exclusivas para o ônibus e a população ainda bate palmas. Sem falar que estão gastando uma fortuna e só está ajudando a piorar o trânsito.
Gastar uma fortuna são os outros projeto dos outros municípios. Você leu a matéria completa???
Mas ele está certo. Gasta uma fortuna em pista pra carro. Tem nada de transporte público ali
Burrice, troca BRT por VLT ,que pra distâncias curta ate vai mas pensa pegar umvlt da Penha a Barra, sen condições.
Vamos lá.
O tal MUVI não é um corredor exclusivo para ônibus. Ao longo do trecho, vias foram qualificadas, alargadas e usadas em sentido único o que dinamiza o fluxo.
O VLT Barreto Centro eu vejo como um erro quando de pensa em origem x destino faria bem mais sentido esse modal ser Caramujo – Centro já que a região daRJ104 é um gargalo no trânsito e tem bem mais demanda. Sen contar que poderia contribuir para reduzir o número de carros oriundos de SG e outras linhas adentrando por Niterói, aliviando o caos que é o Terminal Rodoviário João Goulart.
Já a troca de BRT pelo CLT no Rio só será vantajosa se os trechos atuais receberem obras que elimine os vários cruzamentos, seja por túneis, elevados ou prioridade semafórico com uso de cancelas como há na China. VLT que possa desenvolver um boa velocidade e não a carroça que é o do Centro.
E os Terminais BRT Missões e Trevo das Margaridas que compõe o projeto original da TransBrasil vai ser super importante para dinamizar a mobilidade entre Baixada e a capital .
Já projetos que depende do Governo do Estado, é triste e revoltante ver que em nada avançará. Falido e comprado pelo lobistas Castro é pura incompetência. Veja a L3 metrô cujo edital foi suspenso em nov.24 e passado um ano NADA foi feito. Nem mesmo a Manifestação de Interesse da gigante chinesa CRCC foi considerada!!
Gastaram uma fortuna nessas vias de BRT, tudo feito na correria por causa das Olimpíadas. O que deveria ser desde o início VLT. AGORA MAIS dinheiro gasto? Tão de sacanagem com o dinheiro do contribuinte.
vdd
Mais uma forma do duduzinho desviar dinheiro. Mais do mesmo, espero de verdade que essa criatura não se torne o novo (des) governador do Rio.
Sempre
São apenas projetos de cunho político para “captar dinheiro público” e movimentar a mídia. Depois de aprovado o projeto e o dinheiro estiver “disponível e recebido pelas interessadas”, o assunto vai desaparecer e reaparecer nos próximos 20 anos. Até 1965 toda a região entre Niterói e Cabo Frio foi atendida por um serviço ferroviário, que foi desativado sob a alegação de que era “anti-econômico”. “Me engana que eu gosto”…
Pô amigos, vcs não entenderam o espírito dá coisa, são nessas filigranas quê os caras arrumam um qualquer,se não vejamos,em se tratando dê segurança policial no Rio dê janeiro, com um dos piores trânsito do Brasil,o quê seria mais lógico e eficiente,500 automóveis tipos caravans conduzindo quatro ou cinco policiais, quê só conseguem chegar aos locais dás ocorrências sem quê possam fazer nada á não ser resguardar o local do delito,ou adquirir no mínimo 2000,mil motocicletas cada uma com “2 dois policiais”pára fazerem frentes aos bandidos, traficantes quê é o veículo mais usados pelos marginais,e aí o que governo do estado dá preferência aos veiculos tipo caravans, pára ficarem baseadas nas calçadas, e a vagabundagem com suas motos todas roubadas, tirando onda com os policiais, quase sempre tomando olé dos meliantes, dá pra entender o quê pensa o governador,
Moro em São João de Meriti pego 1 ônibus para ir para meu trabalho no Centro esse safado Eduardo Paes vai fazer eu pegar 1 ônibus para terminal Margarida 1 BRT para o terminal Gentileza e 1 VLT, que mobilidade urbana um gênio
BRT NO RIO DE JANEIRO:
No início, Terminais em vidros blindex, luzes de neon em azul, televisores indicando os horários dos ônibus; UMA COISA LINDA
DEPOIS VEIO O VANDALISMO:
Roubaram os televisores, as luzes de neon, quebraram as portas de vidro blindex forcando-as, para que o MILHARES DE CALOTEIROS diariamente entrassem nas Estações sem pagar passagem.
HOJE: Os calotes ainda acontecem aos milhares diariamente e as Estações parecem uma gaiola de ferro, horrorosas.
O problema não é BRT ou VLT,o problema é pra que bolso vão o dinheiro, porque não tem lógica gastar um dinheiro tão grande no BRT e agora fazer tudo novamente no VLT.
Discordo. Hoje o calote é muito menor e ninguém tá quebrando estação como antes.
Imaginem o preço de REBAIXAR as plataformas do atual BRT??
Pelo amor de Deus,o que vai adiantar um VLT de 5 Kilometros heim?
O município de Mangaratiba também precisava de integração com o Rio de Janeiro..
Depois de sofrer anos vom as obras do BRT ,fazer o carioca passar por mais anos de obras é um absurdo! Mais do sofrimento pela frente!!
VLT é mais lerdo do que caramujo! Cadê o metrô! Só gasto de dinheiro público! Na cidade do Rio de Janeiro, nada anda para esse meio péssimo de transporte existir! Ideia horrenda!
Tem que investir em escola técnica para ajudar os trabalhadores pai de família jovens compromissado em querer a ter uma profissão digna o salário digno melhorar os hospitais o atendimento público parar de ficar matando povo tá preocupado só com um negócio de condução trânsito tá um caos ninguém aguenta mais e as empresas aí ó c****** e andando para o povo essa situação aí VLT é bom mas no centro para fazer centro até Santa Cruz vai dar ruim hein
Só estudem muito por que esse projeto quebrou as empresas e o comércio no centro do Rio de Janeiro maior prejudicador da economia no centro da Cidade RJ
Kkkkkk nunca esse projeto vai ficar pronto
Só tem ladrões o dinheiro vai sumir todo
Po se no Rio demorou quase 15 anos
Imagina nesses municípios que é repleto de políticos ladrões kkkkkkkkk quero só ve
Sem contar que, provavelmente, as empresas q vão entrar nessas licitações devem ser as mesmas que operam as linhas de ônibus…..kkkkkkkkk
Enquanto isso a Central do Brasil e ao seu entorno fica esquecido.
Eu gostaria de saber da prefeitura qual projeto irá atender Freguesia Jpa, pois não temos transporte com qualidade e saídas rápidas ou ligações para o metrô. Somos dependentede de carros ou ônibus lotados. Nada foi feito de melhoria em termos de transporte para a região depois das mudanças.
O ideal para a Baixada Fluminense seria o metrô de superfície, através da ViaLight, ligando a Pavuna ao Jardim Paraíso. Isto sim, revolucionaria a acessibilidade na região metropolitana do Rio de Janeiro.