Em meio a confusão e debates, os vereadores do Rio derrubaram, nesta quinta-feira (29), o projeto de lei de Marielle Franco, criando um Programa de Atenção Humanizada ao Aborto Legal. A proposta foi incluída na pauta pela viúva, Mônica Benício (PSOL). O placar foi de 32 votos a 8.
A proposta pretendia garantir melhores condições de tratamento e acolhimento para mulheres que têm o direito legal de realizar um aborto, que são os casos de gravidez decorrente de estupro, risco de vida à gestante, bebê sem cérebro ou com autorizações judiciais.
“Qualquer vereador contrário a isso está dizendo que uma mulher que tem o direito de fazer o aborto deve ser humilhada e violentada. Qualquer coisa contrária a isso é uma cortina de fumaça”, disse Mônica Benício.
O vereador Rogério Amorim (PL) foi um dos mais barulhentos contra a proposta, a qual classificou como “propaganda da morte”.
“Não há uma briga pelo atendimento humanizado à população, um atendimento psicológico às mães, punição aos pais que abandonam as crianças. Nada disso. A solução da esquerda é assassinar crianças nos ventres de suas mães”, disse Amorim.
O irmão dele, o deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PTB) também esteve presente na galeria, ao lado do colega Marcio Gualberto (PL).