Nos últimos dias, o PT do Rio viveu intensos embates nas redes sociais — com direito a troca de ofensas e ameaças de processos na comissão de ética do partido. De um lado, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá; de outro, o deputado federal Lindbergh Farias e o secretário especial de Assuntos Parlamentares do governo federal, André Ceciliano.
No enredo público das tretas, as citações (ou não) a Lula e à pré-campanha pela reeleição do presidente.
Para bons conhecedores da política fluminense, no entanto, os bastidores dos entreveros parecem ser bem mais prosaicos. Quaquá e Lindbergh nunca se deram — e não seria agora que baixariam a guarda.
No horizonte, a disputa interna pelos votos petistas. O deputado federal está de olho na reeleição. E o prefeito, na estreia do filho, Diego Zeidan, nos corredores do poder em Brasília.
Um é líder do PT na Câmara; outro, presidente do partido no Rio
É briga de petista grande.
Lindbergh vai para as urnas no alto do cargo de líder do PT de Lula na Câmara dos Deputados. Diego Zeidan, no comando da máquina partidária no estado.
No meio do caminho, ficou André Ceciliano, que vai brigar para voltar à Assembleia Legislativa — mas, aliado de Lindbergh, virou alvo de Quaquá.
Para ninguém ficar com saudades das tretas do PT e de suas típicas disputas internas.
Os dois grupos também brigam pelo Senado
Para piorar o clima, cada lado do cabo de guerra tem um candidato ao Senado. Quando o PT parecia pacificado e mobilizado por Benedita da Silva, Quaquá surgiu com a pré-candidatura de Neguinho da Beija-Flor. O prefeito começou a testar o nome do ex-intérprete da escola de Nilópolis no início de outubro.
Percebendo a movimentação, Lindbergh e outros correligionários, como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, lançaram um manifesto de apoio ao nome de Bené.
A corda está esticada. E ainda falta um ano para as eleições.

