Dos 121 mortos na operação policial mais letal da história do Rio, pelo menos 80 já passaram por perícia e foram identificados no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro. Segundo a unidade, a maior parte dos corpos já foi liberada. A identidade deles não foi divulgada.
A ação exigiu mudanças no funcionamento habitual da unidade. Desde quarta-feira (29), um posto do Detran-RJ ao lado do IML está sendo usado para receber familiares de mortos. Por lá, passaram 117 corpos para perícia. Os outros quatro mortos foram policiais, que já foram sepultados entre ontem e a manhã desta quinta (30).
IML usa dados de outros estados para facilitar identificação
Outro procedimento que a unidade precisou realizar para atender aos casos da operação foi o cruzamento de dados com sistemas oficiais de outros estados. Estima-se que pelo menos 25 dos mortos vinham de outros estados – como Pará, Ceará, Espírito Santo, Goiás e Bahia. Por isso, o IML solicitou acesso aos bancos de dados de unidades periciais fora do Rio para checar informações.
Desde esta quarta (29), técnicos do Ministério Público do Rio (MPRJ) também atuam no local realizando perícias independentes nos corpos. O objetivo é confirmar as denúncias de possíveis irregularidades e execuções entre as mortes na ação.
Enquanto a unidade fica dedicada aos casos da operação na Penha e no Alemão, os corpos que não têm relação com o episódio estão sendo transferidos pelo IML de Niterói, que fica no bairro Barreto. As transferências devem continuar até que todos os corpos da operação sejam liberados do IML do Rio.

