O deputado federal Luciano Vieira está com tudo; e está prosa. Neste sábado (24), vai se filiar ao PSDB — e fincar sua bandeirinha na presidência do partido no Rio. Para completar, já empoderado de véspera, ainda fechou uma composição com o prefeito Eduardo Paes (PSD).
Paes vai juntar duas secretarias (a de Economia Solidária e a de Inclusão) numa estrutura poderosa, e nomear a irmã do homem, a vereadora Helena Vieira, como secretária.
Para onde vão os secretários destronados por Helena, irmã de Luciano Vieira
Márcio Santos, do PV, vai deixar a pasta da Economia Solidária e voltar à Câmara de Vereadores. Com isso, Niquinho (PT), primeiro suplente e protegido do prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), volta ao banco de reservas.
Hoje titular da Secretaria de Inclusão, o bispo e ex-vereador João Mendes de Jesus fica sem paradeiro, por enquanto. As péssimas línguas dizem que o moço, no cargo, não representava nem a Igreja Universal do Reino de Deus, nem o Republicanos.
Sem suporte, a queda era inevitável.


📣 Alerta político ao deputado Luciano Vieira
O deputado Luciano Vieira tem motivos para comemorar: vai assumir a presidência estadual do PSDB e emplacar a irmã, vereadora Helena Vieira, no comando de uma nova estrutura criada pela Prefeitura do Rio — a fusão das Secretarias de Economia Solidária e Inclusão.
Mas é bom botar as barbas de molho.
Por mais que se queira chamar de “estrutura robusta”, essas duas secretarias especiais sempre foram penduricalhos políticos, criadas para acomodar aliados e distribuir espaços a quem precisa de uma “boquinha”. Historicamente, sem orçamento real, sem poder de decisão e com função mais simbólica que efetiva.
O prefeito Eduardo Paes sabe jogar.
Já percebeu a ansiedade e a pressa de Luciano em consolidar poder — e, de forma muito habilidosa, o cerca com um “presente de grego”: uma secretaria com nome pomposo, mas sem peso administrativo, e um partido esvaziado, o velho PSDB, agora apenas mais uma peça na engrenagem do projeto político de Paes rumo ao Governo do Estado.
Luciano, que não conseguiu comandar o Republicanos nem o Podemos, agora tenta se encontrar no PSDB, com as bênçãos de Aécio Neves e Eduardo Paes.
Mas é bom lembrar: Eduardo de bobo não tem nada. Sabe usar bem a ambição alheia — e o deputado corre o risco de cair na mesma armadilha que atingiu Otoni de Paula, quando recebeu uma secretaria “turbinada”, mas esvaziada, apenas para servir de plataforma eleitoral temporária.
O poder executivo municipal é, de fato, uma grande escola de gestão. Mas também é um campo minado para quem chega com pressa demais e confiança de menos.
“O prudente percebe o perigo e busca refúgio, mas o inexperiente segue adiante e sofre as consequências.”
— Provérbios 27:12