A exemplo de Maricá, o Rio também pode ter uma moeda social para chamar de sua. A Câmara Municipal vota em primeira discussão, nesta terça-feira (19), o projeto de lei do Executivo que cria a moeda social Carioquinha e do Banco Comunitário Popular na cidade.
A justificativa do Projeto de Lei 2726/2023 é promover o desenvolvimento econômico em regiões de baixa renda. A proposta cria também fundos solidários, cooperativas de crédito e incubadoras de empreendimentos solidários para promover o acesso de serviços financeiros e bancários.
Como deve funcionar
A Moeda Carioquinha funcionaria como um instrumento de troca em transações entre produtores, prestadores de serviços e consumidores dentro do município do Rio de Janeiro, criando um mercado solidário e alternativo entre vendedores/prestadores de serviços e consumidores.
Ela deve operar com uma conta digital pré-paga, em formato de aplicativo no telefone celular ou cartão magnético, através do Banco Comunitário Popular, obedecendo a normativa do Banco Central do Brasil.
Exemplo de Maricá
Na justificativa, o prefeito Eduardo Paes (PSD) cita o exemplo bem-sucedido de Maricá, que tem a Mumbuca desde 2013. Lá, a moeda social é o meio de pagamento de um benefício social equivalente a R$ 200 pago pela Prefeitura a moradores de baixa renda, inscritos no Cadastro Único do Governo Federal. A moeda tem paridade com o real, ou seja, cada Mumbuca equivale a R$ 1.
Mais de 13 mil estabelecimentos de Maricá aceitam a moeda social, que tem 80 mil contas correntes. A iniciativa já injetou mais de R$ 1 bilhão na esconomia de Maricá até o ano passado, totalizando uma média atual de 15 mil transações por minuto.