O plenário da Câmara do Rio virou palco de debate acalorado entre parlamentares a favor e contrários à concessão da medalha Pedro Ernesto ao vereador Carlos Bolsonaro (PL), proposta por colegas de partido e aprovada logo no início dos trabalhos. No momento de temperatura mais alta, Rogério Amorim, o líder do partido, incendiou a discussão com o adversário Leonel de Esquerda (PT) e ameaçou levar a treta a instâncias superiores.
“Vou representar na Comissão de Ética. Ele imputou crime ao vereador Carlos Bolsonaro, que ele vai ter que provar, se ele está perseguindo opositores, que criou milícia paralela. Ele tem que provar o que disse na comissão de ética”, disse Amorim.
Entre as acusações, ‘Abin paralela’ e ‘perseguição a opositores’
Em seu discurso, o petista afirmou que “a única coisa que fez pelo país foi tentar articular uma tal de Abin paralela” quando o pai, Jair Bolsonaro, era presidente, que serviria “para perseguir os opositores políticos”. O tom incomodou até mesmo o vice-presidente da Comissão de Ética, Dr. Gilberto (Solidariedade), que se disse “constrangido” com o discurso.
O homenageado preferiu não entrar no debate.
“Não polemizando, só agradecer a vossas excelências a homenagem. Em um momento oportuno, farei a defesa dela. Que continuemos a sessão e o trabalho da casa”, afirmou.
A discussão provocou uma romaria de vereadores nos microfones, se declarando contra ou a favor da homenagem. Atônito, o presidente em exercício, William Coelho (DC), tentava, com muito esforço, seguir a pauta de votação.
