O Estado do Rio ainda tem três prefeitos “pendurados” que, mesmo tendo sido os mais votados ano passado, poderão não ficar com o cargo devido a problemas nos registros de candidatura. Assim, é possível que em Itaguaí, na Costa Verde; Natividade, no Noroeste do estado; e em Três Rios, Centro-Sul fluminense, haja eleições suplementares este ano.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu o calendário para a realização de eleições suplementares. As datas são 9 de março; 6 de abril; 4 de maio; 8 de junho; 6 de julho; 3 de agosto; 14 de setembro; 5 de outubro; 9 de novembro e 7 de dezembro.
Dessa forma, os dias e se as eleições suplementares acontecerão dependerão justamente do julgamento dos casos no TSE. Dr. Rubão (Podemos), de Itaguaí; Taninho (União), de Natividade; e Joa Barbaglio (Republicanos), de Três Rios, estão com recursos pendentes na corte superior, em Brasília.
Entenda os casos
Em Itaguaí, apesar de ter vencido com 39% dos votos, o então prefeito, Dr. Rubão, teve a manutenção da sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE). O tribunal entende que o político concorreu a um terceiro mandato, o que é proibido pela legislação eleitoral.
Outro reeleito que depende de julgamento de recurso é o prefeito de Três Rios, Joa Barbaglio, reeleito com 60,99% dos votos válidos. Ele teve a candidatura barrada por ter tido as contas do exercício de 2013 da Câmara Municipal rejeitadas, quando era presidente e ordenador de despesas.
Já o ex-prefeito de Natividade Taninho foi escolhido por 47,09% dos eleitores para assumir o comando da cidade. Mas ele teve a candidatura impugnada três dias antes das eleições, por conta da Lei da Ficha Limpa.
Taninho e Rubão não puderam asusmir os mandatos. Já Joa Barbaglio conseguiu um efeito suspensivo no TSE o liberando para seguir na prefeitura, mas seu julgamento ainda irá acontecer na corte em Brasília.
Maira Figueiredo escapou
Caso semelhante ocorreu com a prefeita de Silva Jardim, Maíra Figueiredo (MDB), reeleita com pouco mais de 47% dos votos. O TRE entendeu que ela sucedeu o marido, Jaime Figueiredo, que foi prefeito até o final de 2020, por isso estaria concorrendo a um terceiro mandato para o mesmo núcleo familiar. No entanto, o TSE reformou a sentença e liberou o registro da candidatura.