A sexta-feira é religiosamente o dia oficial da confraternização entre amigos após uma exaustiva jornada de trabalho. Nesta semana, ainda há um tempero a mais: é o Dia Nacional da Cachaça, celebrado anualmente em 13 de setembro. Então, para quem gosta de uma boa bebida, a ordem é espantar qualquer energia negativa de “sexta-feira 13” e apreciar uma dose caprichada.
No Rio, um dos points oficiais da cachaça é o Galeto Sat’s de Botafogo, na Zona Sul. O espaço oferece inúmeras opções da iguaria e, nesta sexta, terá um evento especial, a partir das 20h, para celebrar a data. Das cachaças brancas, destaque para Século XVIII, Menino do Rio, Max Cana, Armazém Vieira e Serra Limpa. Já quem prefere uma gelada, tem como opção o chope original da Brahma.
Proprietário do espaço, o imortal Sérgio Rabello, que também é presidente da Academia Brasileira da Cachaça (ABC), comentou sobre a importância da data. Ele fez questão de frisar que cachaça é coisa séria. Em relação ao evento desta sexta, ele explicou que a ideia é homenagear o fundador e ex-presidente da Academia, Paulo Magoulas, que irá batizar um dos ambientes do estabelecimento.
“Faremos isso batizando o segundo andar do Galeto Sat’s de Botafogo, palco de tantos encontros passados e muitos mais que ainda irão acontecer, com o nome de Paulo Magoulas. Na ocasião, nós acadêmicos vamos descerrar juntos, ao lado da atual presidente da Confraria de Cachaça Copo Furado do Rio de Janeiro Rosane Ferreira e da família do Paulo, uma placa comemorativa”, disse.
Origem da cachaça
A cachaça é uma bebida originalmente brasileira. Historiadores afirmam que ela foi criada por volta do século XVI pelos negros escravizados nas fazendas de cana e nos engenhos de açúcar.
Naquela época e durante vários anos, a cachaça era considerada uma bebida de baixo status, consumida apenas por escravizados e por pessoas mais pobres. No século XVII, a corte em Portugal chegou a proibir a produção e a venda do produto, o que gerou insatisfação dos produtores contra a coroa portuguesa.
A reviravolta
Tudo mudou em 13 de setembro de 1661, quando a rainha Luísa de Gusmão liberou a fabricação e a venda da cachaça no Brasil. Por isso, a data é celebrada como o Dia Nacional da Cachaça.
Atualmente, a bebida é produzida em todo o país com muitas variações a cada região. Além disso, a fabricação é regulamentada por lei.
O decreto publicado em 2003 determina que a bebida seja produzida com graduação alcoólica de 38 a 48% em volume, obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar.