A Secretaria de Ordem Pública (Seop) retomou, nesta quinta-feira (20), a demolição de um imóvel irregular na Ilha da Gigóia, na Zona Oeste, uma área sob a influência do crime organizado. A operação, iniciada em agosto de 2023, foi interrompida por uma liminar favorável aos proprietários. Engenheiros da prefeitura estimam um prejuízo de aproximadamente R$ 1,5 milhão para os responsáveis.
O imóvel em questão possuía três andares, além de um deck, e ocupava uma área de 250 m². Durante o período em que a liminar esteve em vigor, os responsáveis pelo empreendimento retomaram a construção, com o avanço das obras no primeiro andar. Sendo assim, foi emitida uma nova notificação para o local, determinando a paralisação das obras, o que não foi atendido pelos responsáveis, que, na verdade, aceleraram as obras.
Além disso, foi constatada a presença de um operário com sua família, alegando morar no local em condições precárias, sem acesso a serviços básicos, como água e energia elétrica. Na manhã de hoje, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) acompanhou a operação e ofereceu acolhimento à família que residia no primeiro andar do imóvel. No entanto, eles optaram por não aceitar o acolhimento institucional e se retirar por conta própria, seguindo para a casa de familiares.
“Hoje, nós retomamos a demolição de mais uma construção irregular que compromete o ordenamento da nossa cidade, após a revogação de uma liminar que impedia a continuidade do nosso trabalho. Essas liminares, em vez de interromperem as obras, por vezes acabam incentivando a continuidade das irregularidades, dificultando a execução das nossas operações e, por consequência, permitindo que práticas ilegais se perpetuem”, afirma o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.