A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais recebeu, somente nestes primeiros meses do ano, 406 animais vítimas de abandono e maus-tratos. Segundo o secretário Luiz Ramos Filho, os números expressam uma situação crítica, e representam que as pessoas estão se desfazendo de seus animais “como se fossem coisas”.
“São números muito expressivos, que retratam uma situação muito triste. As pessoas estão maltratando e se desfazendo dos seus animais, como se fossem coisas. É preciso que as pessoas tenham consciência de que o animal sente e maltrata-lo é crime e da entre dois e quatro anos de cadeia”, desabafa Luiz Ramos Filho.

Somente no abrigo público da Fazenda Modelo, em Guaratiba, 219 cães e gatos deram entrada. No instituto veterinário Jorge Vaitsman, na Mangueira, chegaram mais 23 cães e 21 gatos. E o Centro de Controle de Zoonoses acolheu desde o dia primeiro de janeiro mais 143 animais, sendo 98 cavalos, 22 gatos e 23 cães. Só de chamados pelo número 1746, foram 1639.
Os 98 cavalos levados para o CCZ foram abandonados ou salvos de maus-tratos. Segundo Luiz Ramos Filho, muitos deles eram usados na tração animal, prática que é ilegal no estado do Rio de Janeiro.
“Os animais trabalham até perder as forças puxando carroças, carregando material de construção e entulho. Precisamos coibir esta prática tão nociva aos animais”, diz Ramos Filho.