Um contrato da Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor da Prefeitura do Rio, comandada por João Pires, chamou a atenção no cenário político do Rio. Publicado no Diário Oficial, o extrato revela um termo de colaboração no valor de R$ 27 milhões, com duração de 24 meses, para o projeto “Salas do Consumidor Carioca”, firmado com a Organização da Sociedade Civil (OSC) Instituto Inova Rio.
O acordo foi assinado em 17 de outubro de 2025, e prevê ações de “busca ativa”, “educação cidadã” e
“letramento digital”, ofertando “atendimento presencial e atividades itinerantes”.

Metade do valor do contrato é liberada em uma semana
Uma semana após a assinatura, a secretaria publicou, no Diário Oficial desta sexta-feira (24), o repasse da primeira parcela — e o valor é exatamente a metade do total contratado.

Vereador pediu inspeção extraordinária no contrato da Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor
O contrato chamou a atenção dos vereadores de oposição — que, há tempos, mapeiam a movimentação do secretário João Pires, um mais que provável candidato a deputado no ano que vem pelo PSD do prefeito Eduardo Paes. Eles dizem que o valor elevado e a proximidade do calendário eleitoral levantam dúvidas sobre sua real finalidade.
O vereador Fernando Armelau (PL), que investiga a execução orçamentária da prefeitura com lupa, é um dos desconfiados.
“A Defesa do Consumidor é uma secretaria pequena, sem estrutura para movimentar cifras tão altas. O contrato é, no mínimo, estranho, ainda mais a poucos meses do período eleitoral. É preciso apurar a
legalidade e a economicidade desta contratação”, declarou Armelau.
O vereador enviou um requerimento de informações à secretaria, solicitando o inteiro teor do processo administrativo. Além disso, protocolou um ofício ao Tribunal de Contas do Município (TCM), pedindo inspeção extraordinária no contrato, com objetivo de verificar a legalidade, a economicidade e o real destino dos recursos.

