ATUALIZAÇÃO, às 22h05, com a resposta do PP.
O homem que quebrou a placa com o nome da vereadora Marielle Franco no palanque, e se coloca como um parlamentar anti-PSOL nos últimos seis anos, Rodrigo Amorim (União), quem diria, acabou ganhando um papel destacado na campanha do deputado estadual psolista Yuri a prefeito de Petrópolis.
Amorim subiu à tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (09), para detonar um vereador reeleito do próprio União, Dudu, aliado de Hingo Hammes, do PP — adversário, neste segundo turno, de Yuri.
O deputado e ex-candidato a prefeito do Rio abriu o discurso ressaltando suas diferenças com o psolista, mas fez questão de atacar Dudu. Só não chamou o moço de bonito.
“Um vagabundo da pior estirpe, que está colado na candidatura que faz oposição à vossa excelência”, disse, referindo-se a Yuri. “Colado e atrelado, e tirando onda de coordenador da campanha. Se o vereador Dudu estiver me ouvindo, eu lhe desafio: pode me processar por crime contra honra, se é que o senhor tem alguma. Eu não tiro uma palavra do que estou dizendo. É muito triste que uma candidatura que se opõe neste momento à esquerda tenha uma figura tão repugnante colado nela. Se for vencedora, que Deus proteja o povo de Petrópolis”.
A campanha de Yuri, claro, não se fez de rogada. Criou um corte com o discurso do homem e, com a legenda “Conservador de verdade não vota no 11”, distribuiu para toda a cidade de Petrópolis.
Ao saber que seu discurso estava sendo usado como propaganda de Yuri, Amorim enviou uma nota.
“Petrópolis está numa sinuca de bico. A cidade é conservadora. Entretanto, numa rara oportunidade de confrontar o PSOL num segundo turno, o eleitor petropolitano não terá a oportunidade de escolher um candidato verdadeiramente conservador. Mas, sim, uma candidatura que tem como coordenador um quadrilheiro da pior estirpe como o vulgo Dudu Gordo. Que Deus proteja Petrópolis!”
O PP respondeu que Dudu “nunca foi coordenador da campanha do candidato Hingo Hammes”. E lembrou que ele “foi reeleito pelo mesmo partido do deputado”.
