Aparecida Panisset (PDT) é a mais nova “vítima” do Robô do Registro de Candidatura, do Ministério Público Estadual (MPRJ). A inteligência artificial identificou irregularidades no registro da ex-prefeita de São Gonçalo, que este ano se lançou como vice na chapa de Dimas Gadelha (PT).
A plataforma apontou que existem contas que foram julgadas como irregularres, pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), da época em que Panisset era prefeita. Sendo assim, solicitou o indeferimento do registro dela na eleição de 2024.
Segundo o MPRJ, o robô é capaz de, em poucos clicks, identificar candidaturas irregulares, alertar questões que podem afetar a elegibilidade de algum candidato e analisar todo um banco de registros de forma automatizada. O robô já ajudou o órgão a pedir o indeferimento de Jorge Eduardo Mascote (PP), vice na chapa de Cláudio Ferreti (MDB) em Angra dos Reis.
“A finalidade é facilitar o trabalho dos promotores eleitorais porque o prazo é muito exíguo e exige agilidade na análise dos registros. Essa ferramenta é de uso exclusivo dos membros do MP, no exercício de sua função eleitoral, e foi desenvolvida para aprimorar a atuação contra irregularidades, fraudes e organizações criminosas”, explicou o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.
Panisset foi vereadora de São Gonçalo, entre 1996 e 2002, deputada estadual e prefeita por dois mandatos, entre 2005 e 2012. Tentou voltar à política se candidatando a deputada federal, em 2014, mas teve o registro barrado pela ministra do TSE Maria Thereza de Assis Moura, com base na Lei da Ficha Limpa por conta de uma condenação por improbidade.