O candidato do PL à Prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem, reprovou a troca dos secretários de Polícia Civil e de Defesa Civil, feitas pelo governador Cláudio Castro (PL), e disse que só tomou uma dose da vacina contra a Covid-19. As declarações foram dadas na tarde desta segunda-feira (23) à TV Globo, em sabatina realizada pelo RJTV.
Ramagem disse que o maior foco de um eventual governo seu será a segurança pública. Seguindo o tom do seu programa eleitoral, atacou Eduardo Paes (PSD) por não ter tomado medidas como, por exemplo, armar a Guarda Municipal. Quando indagado sobre as constantes trocas de secretários feitas por Castro, que é seu correligionário, se manifestou contra.
“Não aprovo e não tenho elogiado. Nota 7 é mais ou menos, temos que focar no 9 ou 10. Já Eduardo Paes, nota 1 para ele. Na campanha de 2020 o prefeito prometeu fazer a integração, armar a Guarda Municipal e colocar 10 mil câmeras, não fez. Lavou as mãos”, disse.
O deputado também foi perguntado sobre defender que a vacina contra covid-19 não seja obrigatória para crianças de seis meses a três anos. Ramagem reafirmou seu posicionamento, colocando em xeque dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e confirmou que só recebeu uma dose do imunizante contra o coronavírus.
“Todas as vacinas do campo da agenda têm que ser publicizadas. O Brasil não pode ser o primeiro país no mundo a obrigar crianças de seis meses a três anos a tomarem a vacina da covid. A OMS tem sido contestada em diversos pontos. A comunidade mundial ainda está com opiniões diversas”, declarou.
Transportes
Alexandre Ramagem ainda foi perguntado de onde viriam os R$ 14 bilhões estimados para converter o sistema BRT em transporte sobre trilhos, mas não respondeu.
“Não quero acabar com o BRT, mas substituir aos poucos. O BRT foi uma solução que serve em alguns pontos e em outros não, como na Avenida Brasil. Se fosse colocado veículos sobre trilhos, não precisaria retirar duas faixas”, afirmou.
Alianças políticas
Em relação ao apoio do Republicanos à sua chapa, Ramagem foi perguntado se figuras da legenda com histórico de problemas com a Justiça, como o ex-governador Anthony Garotinho e o ex-deputado Eduardo Cunha, participarão de seu possível governo. O candidato respondeu que não.
“Vamos colocar quadros técnicos. Partidos aliados podem trazer currículos, que têm que ser com experiência comprovada e técnicos. O atual prefeito, por exemplo, está coligado com 12 partidos. Nos aliamos ao Republicanos, ao partido. Eduardo Cunha não vai fazer parte do meu governo”, acrescentou.
Outro ponto abordado foi o processo de cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), preso suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). Embora em um primeiro momento tenha voltado pela soltura do parlamentar, Ramagem afirmou que, agora, sua posição é pela cassação de Brazão.
“No momento da prisão fomos coerentes em respeitar a Constituição. Sou titular da Comissão de Ética pelo PL e votei pela cassação de Chiquinho Brazão e devemos mantê-la no plenário”, destacou.