A SuperVia registrou, na última quarta-feira (09), o recorde de passageiros diários neste ano: mais de 355 mil, superando a marca do dia anterior (08), de 348 mil. A concessionária, que deixa de operar os trens urbanos do Rio em breve, divulgou os números em tom de celebração, observando o aumento na curva de clientes diários desde o ano passado, quando saltou da média de 270 mil para mais de 320 mil.
Parte desse “sucesso”, no entanto, também se deve aos transtornos enfrentados pelos passageiros que utilizam o metrô, sobretudo nas estações da Zona Norte. Um muro desabou, na manhã de quarta-feira (09), sobre os trilhos da linha 2, na altura da estação Engenho da Rainha. O incidente causou a interdição de 11 estações por volta das 8h30, e as composições circulavam apenas em direção ao Centro.
As 11 estações — Pavuna; Engenheiro Rubens Paiva; Acari/Fazenda Botafogo; Coelho Neto; Colégio; Irajá; Vicente de Carvalho; Thomaz Coelho; Engenho da Rainha; Inhaúma; Del Castilho — foram reabertas somente às 11h. Segundo a SuperVia, trens extras do ramal Belford Roxo foram colocados à disposição para atender os passageiros prejudicados pelo fechamento de estações do metrô da região.
Transição da concessão dos trens
Mesmo celebrando os números positivos, a SuperVia se prepara para deixar a operação dos trens urbanos da capital e da Região Metropolitana, tão logo o longo processo de transição, iniciado no final do ano passado, chegar ao fim. Ou seja, a operação deixará de estar sob o guarda-chuva da Supervia, e passará para uma nova concessionária.
Segundo o acordo entre a empresa e o governo do estado, em um período de 6 a 9 meses, o serviço será transferido para a nova operadora — que ainda não se sabe qual é. A Supervia, por sua vez, enfrenta um processo de recuperação judicial.
De acordo com a Setram, o grupo de trabalho criado pelo governo do estado ainda elabora os documentos necessários para a licitação que definirá o novo operador do sistema. E ressalta que o grupo avalia a análise técnica realizada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que servirá de base para a definição dos parâmetros operacionais e financeiros da nova concessão do Rio.
A secretaria também diz que para garantir a continuidade dos serviços prestados à população, foram investidos R$ 110 milhões em melhorias operacionais, e a previsão é de que sejam aplicados R$ 300 milhões durante o período de transição.
Serviço ruim, com superlotação nos horários de pico. Diminuíram as viagens, pra carregar mais passageiros. É só o órgão fiscalizador verificar as câmeras internas nos trens. Vagão feminino cheio de homens . Elevadores e escadas rolantes sem funcionamento. Estações sem acessibilidade.