A Prefeitura de Campos dos Goytacazes, no Norte do estado, se orgulha de ter mais de R$ 1,5 bilhão em caixa. Porém, mesmo com o cofre cheio, a gestão municipal tem acumulado contas de luz vencidas. Atualmente, a dívida com a Enel gira em torno de R$ 65 milhões, com valores corrigidos. A concessionária já teria emitido avisos de cortes.
A dívida está em pleno crescimento porque a prefeitura tem mantido apenas o pagamento da Iluminação Pública— que tem o recurso carimbado da Contribuição de Iluminação Pública (CIP), paga pelos campistas diretamente na conta.
Mais de 60% desse calote foi acumulado no governo Wladimir. As outras dívidas vieram de gestões anteriores, e se arrastam desde a época da ex-prefeita Rosinha Garotinho.
Em 2015, durante o governo Rosinha, os prédios da Secretaria de Educação, da Casa da Cultura de Goytacazes, da Unidade de apoio da Secretaria de Obras e do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes ficaram sem fornecimento de energia por atrasos nos pagamentos. A concessionária ressaltou que tentou negociar a dívida, mas, como não teve sucesso, apelou para o corte.
Em 2020, durante a gestão Rafael Diniz, 10 prédios municipais também tiveram a luz cortada pela Enel. Entre eles, o Museu de Campos e o Teatro Trianon.