A Polícia Federal deflagrou na manhã da última quarta-feira (27) a Operação Tratamento Fake, com o objetivo de investigar uma organização criminosa atuante no estado do Rio que utilizava clínicas médicas para desviar verbas do SUS. De acordo com as apurações, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassa os R$20 milhões.
Os crimes eram praticados por meio do uso de informações e documentos falsos que serviam para registrar tratamentos de fisioterapia e exames de imagem variados que nunca foram realizados, além de pedidos médicos duplicados.
Na ação, policiais federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Seropédica, Nilópolis e Mesquita. Entre os alvos dos mandados, estão clínicas médicas, seus proprietários e ex-servidores do município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. As ordens judiciais foram expedidas pela 4° Vara Federal de São João de Meriti.
A investigação teve início a partir de auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU), em conjunto com a Coordenaria de Auditorias Temáticas e Operacionais do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Foi constatado que diversas clínicas selecionadas para atuar em parceria ao município de Belford Roxo, através de chamamento público, participaram das fraudes.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e furto qualificado mediante fraude cometida por meio de dispositivo eletrônico ou informático. Se somadas, as penas máximas podem chegar a 11 anos de prisão.