A Polícia Civil faz, na manhã desta segunda-feira (16), uma operação no Morro dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, para cumprir 22 mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento na morte do policial civil João Pedro Marquini. Até o momento, um criminoso foi morto e outros seis, presos.
Há relatos de tiroteio na região. Um centro municipal de saúde que atende a comunidade precisou suspender temporariamente os atendimentos por conta da operação.
A morte do policial
João Pedro Marquini foi assassinado em março deste ano, na Grota Funda, Zona Oeste do Rio. Ele era casado com a juíza criminal Tula Mello, do III Tribunal do Júri da capital.
De acordo com relatos, o casal estava em dois carros diferentes quando foi atacado por criminosos armados. Marquini, que dirigia um dos veículos, foi atingido por disparos e não resistiu. A juíza, que seguia em outro automóvel blindado, não se feriu, apesar de o veículo ter sido alvejado.
Os bandidos fugiram em direção à comunidade Cesar Maia, também na Zona Oeste. Durante a abordagem, houve confronto entre Marquini e os criminosos.
Polícia já tentou prender suspeitos
Em abril, um mês após o assassinato do agente, a Polícia Civil já havia realizado uma operação na mesma comunidade com o objetivo de prender os envolvidos no crime. Na ocasião, cinco pessoas foram mortas.
Além dos confrontos, a ação também causou impactos no trânsito da região. Por segurança, as ruas Pinheiro Guimarães e Real Grandeza, em Botafogo, chegaram a ser interditadas mais de uma vez, por alguns minutos. Um colégio próximo optou por suspender o recreio ao ar livre e manter os alunos dentro das salas. Em creches do entorno, crianças precisaram se proteger dos disparos e foram orientadas a se abaixar nos corredores.
Homenagem à juíza
A operação ocorre no mesmo dia em que a Assembleia Legislativa (Alerj) vota um projeto de resolução que concede a Medalha Tiradentes à juíza Tula Mello. A proposta é de autoria do deputado Rosenverg Reis (MDB).
Na justificativa, o parlamentar destaca a trajetória da magistrada: “Tula é presidente do 3º Tribunal do Júri da Capital, que julga crimes contra a vida, e possui uma carreira dedicada à área criminal”.
