Cerca de 2,5 mil policiais civis e militares realizam, nesta terça-feira (28), uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha para tentar prender criminosos da facção Comando Vermelho (CV). Até a última atualização, um policial e quatro suspeitos tinham sido mortos, outros 25 presos e pelo menos nove pessoas ficaram feridas – três moradores.
Segundo o Governo do Estado, os agentes tentam cumprir mandados e prender cerca de 100 suspeitos de envolvimento com o grupo criminoso. Entre eles, estão lideranças do CV e criminosos do Pará, que estariam escondidos nas 26 favelas que compõem os complexos.
Ao chegarem à entrada das comunidades, os agentes foram recebidos a tiros. Barricadas e carros foram incendiados para impedir a entrada de agentes. Drones com bombas foram usados pelos criminosos no conflito.
Tiroteios entre Polícia e suspeitos tiveram três moradores baleados
Durante a troca de tiros, quatro suspeitos foram baleados e morreram no local. Um delegado da policial civil também morreu durante o confronto. Além deles, pelo menos três moradores foram baleados. Um deles estava em situação de rua e foi atingido nas costas durante os tiroteios. Ele foi socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, onde permanece internado.
Uma moradora foi ferida de raspão no glúteo enquanto estava em uma academia em Olaria. Um outro morador que estava num ferro-velho também foi baleado. Os dois também foram levados para Hospital . A mulher já recebeu alta.
Quatro policiais civis e dois militares também ficaram feridos. Eles são atendidos no Getúlio Vargas e no Hospital da Polícia Militar.
10 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas foram apreendidas. Dois helicópteros, 32 blindados terrestres, 12 veículos de demolição e drones são usados na ação. Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público (MPRJ) também participam da ação, que faz parte da Operação Contenção e se baseia em uma série de investigações realizadas ao longo do último ano, de acordo com o governo.
Por conta da ação da Polícia nas comunidades, pelo menos 41 escolas públicas da rede municipal e uma da rede estadual precisaram ser fechadas. Cinco unidades municipais de Atenção Primária tiveram as atividades suspensas. 12 linhas de ônibus estão com trajetos desviados.

