Rick Azevedo (PSOL) não comeu o bolo de aniversário de Rafael Satiê (PL). Nem desejou feliz aniversário ao coleguinha de Câmara do Rio, que completou 38 anos no último dia 13 de março. É que os dois vereadores não costumam trocar presentes, mas farpas. E o desinteresse do psolista deu ainda mais munição para o bate-boca.
O conflito, na tarde desta terça (18), foi puxado por Azevedo. O moço — que ficou famoso ao defender o fim da escala 6×1 prevista na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) — resolveu voltar ao tema da semana passada, quando Satiê criticou a esquerda por ter “abandonado o trabalhador em defesa da agenda woke”.
O psolista usou o espaço na sessão desta terça, para acusar o colega de plenário de distorcer sua fala sobre a redução da jornada de trabalho.
Em resposta, Satiê partiu para a provocação, e sugeriu que o adversário nutre uma suposta paixão por ele — sempre enfatizando ser um homem hétero e casado, portanto sem espaço para qualquer aproximação. E foi além, ao lembrar que, no carnaval, Rick foi o único vereador do PSOL a aceitar o convite para o camarote do prefeito Eduardo Paes (PSD), recebendo críticas de sua própria bancada.
O pano de fundo para mais um quiproquó na Câmara
Mas os bélicos também têm sentimentos, e no meio das discussões, Satiê deixou escapar que achou uma indelicadeza não ter recebido um “feliz aniversário” do psolista.
Azevedo, satirizando a queixa do colega do PL — partido que faz questão de chamar de “inimigo da classe trabalhadora” — encerrou o bate-boca com impaciência e o “bordão” característico: “me poupe”.