Dono da maior bancada, com 16 deputados, o PL reivindicou ao presidente Rodrigo Bacellar (União Brasil) mais espaço no comando do legislativo fluminense a partir de 2025. O gigante bolsonarista quer, no mínimo, a primeira vice-presidência, hoje ocupada por Pedro Brazão; e o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que está nas mãos de Rodrigo Amorim.
Por coincidência, ou não, os dois deputados são filiados ao União Brasil de Bacellar.
Em fevereiro, acontece a eleição da nova mesa diretora da Assembleia. Bacellar é candidatíssimo à reeleição — e tem feito o circuito dos cardeais em busca de apoio. Na reunião com o presidente do PL, Altineu Côrtes, ouviu que o partido tende a seguir com ele. Mas só se conseguir os cargos reivindicados.
PL rachou na eleição de 2023
Na disputa de dois anos atrás, Bacellar ainda era do PL — e o partido rachou. No centro da treta, a briga por espaço.
Na época, o motivo já foi o ressentimento pelo fato de não ter conquistado nem a primeira vice, nem a primeira secretaria, tampouco a CCJ. Parte do PL então decidiu lançar a candidatura de Jair Bittencourt para disputar contra Bacellar. Chegou a arrastar com ela parte da esquerda.
Na hora H, porém, o governador Cláudio Castro (PL) entrou no jogo a favor de Bacellar e ajudou a resolver o impasse. Bittencourt retirou a candidatura e o homem foi quase aclamado.
As feridas, no entanto, levaram meses para serem curadas.
Agora, toda a estratégia está sendo montada para evitar novos problemas. Brazão e Amorim que se cuidem.