A Polícia Federal iniciou, nesta quinta-feira (17), a “Operação Estorno Final”, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada em fraudes bancárias contra a Caixa Econômica Federal. O prejuízo estimado causado à instituição é de aproximadamente R$ 180 mil.
Na ação desta quinta-feira, policiais federais cumprem seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Arraial do Cabo (Região dos Lagos) Armação dos Búzios (Região dos Lagos) e Niterói (Região Metropolitana). As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio.
A investigação teve início após a Polícia Federal receber uma comunicação da própria instituição financeira sobre fraudes na abertura de contas bancárias e na contratação irregular de empréstimos do tipo “Antecipação Saque-Aniversário FGTS”. Esse tipo de empréstimo permite ao trabalhador antecipar até 10 parcelas anuais do valor do saque-aniversário do FGTS.
As fraudes, de acordo com a PF, foram cometidas por terceiros que se passavam pelas vítimas para abrir contas e contratar empréstimos vinculados ao saldo do FGTS.


Segundo as investigações, os criminosos iam até agências da Caixa Econômica Federal se fazendo passar pelas vítimas, usando documentos falsos para abrir contas e contratar os empréstimos fraudulentos. Depois de obterem os valores, o dinheiro era transferido para contas de amigos e familiares, com o objetivo de esconder a origem dos recursos e dar aparência de legalidade ao montante desviado.
Até o momento, a Polícia Federal identificou fraudes em agências da Caixa em Armação dos Búzios, Cabo Frio e Rio das Ostras, na Região dos Lagos. Há indícios de que o grupo também tenha atuado em outras agências bancárias.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a até oito anos de prisão.