Estreia neste sábado (18), às 16h, no Sesc Tijuca, o espetáculo “A menina dança”, que conta a história de Maria Felipa, marisqueira e ex-escravizada que lutou contra o regime colonial pela independência do Brasil. A peça reúne também apresentações dos ritmos afro, jongo, maracatu, maculelê e samba de roda. A entrada é gratuita.
O projeto é parte da programação do Festival de Dança Corpo Negro do Sesc RJ e terá, na próxima sexta-feira (24), sessão com intérprete de libras e audiodescrição.
Tendo liderado cerca de 40 mulheres na luta pela independência do Brasil na Bahia, a tradição oral conta que o grupo de Maria Felipa teria queimado 42 embarcações portuguesas. Apesar disso, a heroína é pouco reconhecida na história nacional. A peça visa apresentá-la a uma nova geração, sendo voltada ao público infantil.
O texto idealização e produção são de Paty Lopes. O espetáculo conta com cinco bailarinos que apresentam conceitos afro-brasileiros, além do uso de catingas conhecidas do cancioneiro popular, de forma a promover uma conexão entre os pequenos e a própria montagem da peça. A parte visual é inspirada pela cultura africana, desenhada pelo figurinista Ricardo Rocha, vencedor do Prêmio CBTIJ, do Centro Brasileiro Teatro para a Infância e Juventude, de Melhor Figurinista.
O espetáculo foi contemplado no Edital Corpo Negro, do Sesc Pulsar. Possui direção artística de Flávia Souza, encarregada também do trabalho coreográfico-corporal do elenco. Flávia foi indicada como Melhor Atriz Coadjuvante em 2023 no Los Angeles Brazilian Film Festival, realizado nos Estados Unidos, pelo filme “Nosso sonho”.
Quem dá vida à Maria Felipa é a atriz e dançarina Gabriela Luiz, indicada ao prêmio de Melhor Atriz no CBTIJ de 2022, pela peça “Bordador de Mundos”, além de fazer a direção de movimento do espetáculo “Nem todo filho vinga”, que levou o Prêmio Shell de Melhor Direção Artística em 2022.