A resposta não demorou. Menos de uma hora depois da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) derrubar o veto ao projeto de lei que determina a volta da administração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí para o governo do estado, o prefeito Eduardo Paes (PSD) criticou a base do governador Cláudio Castro (PL) na casa e afirmou que a prefeitura vai recorrer da decisão na Justiça.
Em tom irônico, Paes classificou a discussão como uma “perda de tempo” e disse que, aparentemente, o governo estadual não teria mais nenhum problema sério a resolver, já que teria “tempo” e “dinheiro” de sobra para cuidar do carnaval carioca. A proposta é de autoria do líder da base governista na casa, Rodrigo Amorim (União).
“Isso tudo porque o Estado do Rio está muito seguro, sem qualquer problema nas suas forças de segurança e com a situação financeira muito estável. Ou seja: com tempo e dinheiro para cuidar de carnaval. Meu Deus do céu! Só a discussão desse tema já é uma perda de tempo tão grande… Tinham era que passar o Imperator e o Theatro Municipal para a Prefeitura, que é quem tem que cuidar dessas coisas”, escreveu.
O prefeito ainda alfinetou, sugerindo que o estado deveria se concentrar em suas atribuições prioritárias: segurança pública, educação, saúde e infraestrutura.
“Deixem as tarefas municipais para o poder municipal e dediquem mais tempo e foco à segurança, à melhora do IDEB, à saúde pública, à manutenção das estradas vicinais, à ampliação do transporte sobre trilhos (expansão do metrô e da SuperVia), e a grandes investimentos em infraestrutura”, provocou.
Apesar das críticas, Paes fez questão de destacar que o próprio governador Cláudio Castro havia vetado o projeto inicialmente — decisão revertida pela Alerj.
“Em tempo: gostaria de destacar que o governador Cláudio Castro vetou esse delírio. Ele sabe que há coisas mais importantes para cuidar. E sabe também o quanto as prefeituras da Baixada e do interior precisam dos milhões que essa turma quer gastar com carnaval”, finalizou.
