Após quase uma década, as obras da estação Gávea do metrô devem ser retomadas. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pretende conciliar os interesses do estado, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), do Tribunal de Contas (TCE-RJ) e das concessionárias. O prazo de assinatura do TAC é até o dia 1º de maio.
Na segunda-feira (18), o Secretário de Transportes, Washington Reis se reuniu com com o presidente do TCE, Rodrigo Melo do Nascimento, numa tentativa de antecipar as assinaturas.
O Metrô Rio, em troca da prorrogação da concessão por mais dez anos e de sua unificação (das três linhas do metrô – 1,2 e 4 – a empresa só possui a concessão das duas primeiras), arcará com os custos da obra, cujo limite estipulado é até R$ 600 milhões. Ultrapassando esse teto, o estado assumirá o comando.
A estação Gávea deveria fazer parte da Linha 4 do metrô (Ipanema – Barra). A data de entrega inicial do empreendimento coincidiria com as Olímpiadas de 2016. Depois, uma alteração contratual adiou a entrega para 30 de janeiro de 2018. As obras estão paralisadas desde 2015.
A Associação de Moradores e Amigos da Gávea (Ama-Gávea) foi informada do fim do impasse pelo chefe de gabinete da Secretaria estadual de Transportes e Mobilidade Urbana, Rogério Sacchi. O abandono da estrutura é temido pelos seus vizinhos. Desde 2017, o lugar está inundado. Ainda são necessárias a escavação de 1.256 metros de túneis, que farão a ligação entre a Gávea e a estação Antero de Quental, no bairro do Leblon.
As dificuldades na conclusão do empreendimento passam por denúncias de superfaturamento. O MP informa que existem indícios de sobrepreço de R$ 3 bilhões. O TCE cita um valor na casa dos R$ 3,7 bilhões.
Com informações do jornal O Globo.