O aquecimento global não comoveu o prefeito Eduardo Paes (PSD). No fim de 2023, a Câmara do Rio aprovou uma emenda de Luciana Boiteux (PSOL) à Lei de Orçamentária Anual (LOA) destinando R$ 25 milhões para a climatização de escolas municipais.
Isso porque, ao longo do ano, a parlamentar chegou a identificar salas de aula com temperaturas acima dos 40 graus. Mas o sofrimento de alunos e educadores não comoveu o prefeito, que passou a tesoura no texto e sancionou, ontem, o orçamento para 2024. Sem o dindim para o ar condicionado.
Paes também tratou de cortar os artigos que previam a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do pessoal da Educação, da Saúde e de nível elementar, e a concessão de reajuste salarial aos servidores municipais. Neste caso — como acontece, aliás, todos os anos — o prefeito considerou que a competência de tais determinações não é da alçada do Legislativo, e sim do Executivo.
