O coordenador-geral do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) nacional do PT, Humberto Costa, determinou que seja suspensa qualquer negociação de apoio e coligação no município do Rio até que a posição do partido seja discutida na próxima reunião do diretório nacional, marcada para dia 26 de março.
“Diante da relevância do processo eleitoral em várias cidades do país para o projeto nacional do PT, entre as quais se inclui a cidade do Rio”, justificou Costa.
Em outras palavras, a Nacional não está disposta a apoiar Eduardo Paes, sem levar a posição de vice na chapa.
O prefeito resiste em entregar a vaga a alguém que não seja integrante do seu seleto grupo político. No Rio, dirigentes petistas pareciam conformados. O presidente Lula, entretanto, já teria cobrado o espaço privilegiado na chapa de Paes — lembrando o tamanho e a importância do PT.
Diante do impasse, um grupo (pequeno) no partido chegou a propor um compromisso para que o vice não disputasse a reeleição, em 2028, e apoiasse o candidato indicado pelo PSD. Neste caso, ganharia força o nome de Adilson Pires (que já ocupou a função de vice no segundo mandato de Paes). Mas a posição está longe de ser a majoritária.