Ao partir para o ataque contra o governo Cláudio Castro (PL), o prefeito Eduardo Paes (PSD) mirou no adversário Alexandre Ramagem (PL) mas acertou sua própria base. Castro anunciou que vai tirar todos os cargos dos que estão a favor da reeleição do prefeito. E, para completar, o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União) decidiu fazer o mesmo com os deputados que, como dizia o lendário governador Leonel Brizola, estão “costeando o alambrado”.
Castro deu até esta segunda-feira (19) para o Podemos e o Solidariedade decidirem de que lado vão ficar. O ultimato põe em xeque o comando da Secretaria de Cultura, que hoje está com Daniele Barros, irmã do presidente do Solidariedade, Áureo Ribeiro, além de cargos em vários escalões. O governador também já avisou que os deputados Val Ceasa, Jorge Felippe Neto e Dionísio Lins têm o mesmo prazo.
Na Assembleia, o Solidariedade tem um grande espaço com Bacellar, assim como os três deputados. Se eles decidirem permanecer com Paes, também vão perder os cargos que têm na casa legislativa.
O prefeito tinha um certo acordo de não agressão com Castro, mas a bandeira branca foi baixada no debate da Band, no último dia 8, quando fez questão de colar a imagem de Ramagem ao governador, principalmente quando o assunto era segurança pública. De lá para cá, não perdeu uma oportunidade de criticar o governo do estado nas redes sociais.
Neste domingo (18), como mostrou Quintino Freire, no “Diário do Rio”, os dois bateram boca pelo X, o antigo Twitter.
“É isso mesmo: Claudio Castro é Ramagem, o Witzel das eleições de 2024! Aliás, os responsáveis pela segurança pública no Rio!”, postou Paes.
“A máscara está caindo! Eduardo Paes é o maior estelionatário dessas eleições! Seu pensamento está só no Governo do Estado. O povo será o próximo a ser traído“, respondeu Castro.