Todo início de janeiro é, naturalmente, o começo de um ciclo. Um novo ano letivo, um novo calendário, e, claro, um mês cheio de possibilidades. Não à toa, os primeiros dias do ano costumam ser o momento propício para estabelecer metas e até retomar aquilo que não foi concluído em dezembro. Mas é preciso ter equilíbrio, para que a motivação não vire ansiedade.
O psicanalista Raí Rocha, que atende pacientes com dificuldade nas áreas de produtividade, alerta para o estresse que as finalizações e inícios podem causar na rotina. Da mesma forma que o final de ano é marcado pela “correria” em dar conta de resolver tudo, janeiro é o mês para tentar de novo. Um sentimento saudável, se for vivido com moderação e sem culpa.
“É saudável ter essas metas, porque o ser humano é movido ao objetivo, à meta, ao sonho, em relação à vida dele ou ao contexto em que vive. Só não é saudável quando vai ao extremo. Como chegar ao final do ano novamente e, se algo não deu certo, se frustrar por isso” disse Rocha.
Metas dentro da realidade
O profissional ainda indica elaborar metas possíveis dentro da realidade de cada um. A saída é sempre a organização. Uma boa ideia é ter uma agenda e colocar as metas e objetivos de forma distribuída. E lembrar que sempre haverá um novo janeiro (ou mesmo fevereiros, marços e até dezembros) para recomeçar.
“É recomendável estabelecer uma organização por semestre, depois organizar por mês e, dentro desse mês, talvez por quinzenas. E aí nas quinzenas, checar as ações que você teve, para chegar nesse grande objetivo. Ou seja, constância” aconselha.