Para o político, melhor que estar num partido, só estar na presidência de um partido. E um dos mais queridos da ocasião, ora vejam só, é o PSDB. O antigo paraíso de tucanos de alta plumagem, que já mandou chover e parar de chover na política brasileira, caiu no ostracismo e vive em meio a crises.
Mas, pelo menos aqui no Rio, está mais disputado que voto de eleitor.
No PSDB, um dos cotados para a presidência estadual é o deputado federal Marcelo Queiroz — que foi candidato a prefeito do Rio pelo PP, mas decidiu sair do partido depois da formação da federação com o União Brasil.
Marcelinho, como é carinhosamente conhecido pelos colegas, já está filiado ao partido, mas diz que não vai pleitear a presidência.
“Eduardo Paes é o prefeito e não é presidente do PSD, Cláudio Castro é o governador e não é presidente do PL. Quero apenas fazer parte de um partido valorizando sua história, respeitando seus atuais quadros e com toda humildade contribuir para a seu crescimento. Já me filiei ao PSDB, tenho uma relação de confiança, amizade e fui um dos coordenadores da campanha da Juventude Aécio em 2014. Não sou candidato a presidente do partido. Sou candidato a deputado federal novamente”, disse Marcelinho.
O pastor deputado federal Otoni de Paula também está com as malas arrumadas para deixar o seu MDB e pousar no ninho — mas, se levar a presidência, claro.
Luciano Vieira, igualmente habitante da Câmara dos Deputados, é outro que, um ano antes do início da campanha à reeleição, está prontinho para deixar o Republicanos. Mas quer um partido para chamar de seu. Afinal, está decidido a sair da atual legenda justamente porque perdeu a disputa pelo comando — o coleguinha Luís Carlos Gomes levou a melhor.
A divisão dos caciques do PSDB
A divisão pelo controle do diretório do PSDB do Rio não está provocando um salseiro apenas entre os deputados fluminenses.
Os caciques nacionais também racharam.
O presidente nacional da legenda, Marconi Perillo está entre Luciano e Otoni. Já o deputado federal Aécio Neves tenta emplacar Queiroz.
E o primo?
No meio dessa confusão toda está o empresário Sávio Neves, que segue incólume na presidência do PSDB do Rio. O moço é tucano de carteirinha e primo de Aécio.