No Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, nesta sexta-feira (25), o Corpo de Bombeiros do Rio informou que, somente em 2025, 15.179 pessoas foram salvas por guarda-vidas em praias de todo o estado. O número é um pouco menor ao do mesmo período do ano passado, que registrou 15.886 ocorrências e um total de 23.655 salvamentos ao longo de todo o ano.
O alerta também se estende às águas doces, como lagos, represas e rios. Em 2025, 168 ocorrências de afogamento já foram atendidas, superando as 152 registradas no mesmo período de 2024 e se aproximando do total anual do ano passado, que fechou com 247 chamados.
Já nos poços, a situação também preocupa: 31 casos de afogamento foram registrados até agora em 2025, igualando o total registrado durante todo o ano de 2024.
Importância da prevenção
Diante dos números, o Corpo de Bombeiros reforça a importância da prevenção. Segundo o órgão, é fundamental que os momentos de lazer estejam sempre acompanhados de atenção à segurança.
“A gente considera o trabalho de prevenção tão importante quanto o de resgate. Por isso, desenvolvemos ações intensas para conscientizar os banhistas. Nas praias, por exemplo, nossos guarda-vidas abordam turistas e moradores antes mesmo de chegarem à areia. Com dicas simples, conseguimos salvar vidas”, explicou o porta-voz do CBMERJ, major Fábio Contreiras.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2,5 milhões de mortes evitáveis por afogamento ocorreram na última década. Mais de 90% desses casos aconteceram em países de baixa e média renda, principalmente em rios, lagos, poços, represas e piscinas. A cada ano, cerca de 250 mil pessoas morrem por afogamento no mundo — quase 82 mil delas são crianças de 1 a 14 anos.
Recomendações do Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros ressalta que atua 24 horas por dia para responder a emergências, mas destaca que a prevenção ativa por parte da população é essencial. Veja algumas recomendações do órgão:
- Nas praias, respeite sempre a cor da bandeira. Evite entrar no mar quando ela estiver vermelha e não tome banho no mar à noite, quando os riscos são maiores.
- Em rios, lagos e represas, use sempre colete salva-vidas. Esses locais podem ter lodo, galhos, areia fofa e objetos submersos, além de profundidades irregulares.
- Em cachoeiras, fique atento ao risco de cabeça d’água. Se a correnteza aumentar, a água mudar de cor ou surgirem muitos galhos, saia imediatamente do local.
- Em piscinas residenciais, instale grades ou redes de proteção, especialmente em casas com crianças. Muitos afogamentos ocorrem por falta de barreiras de segurança. Use ralos anti-sucção e, em piscinas coletivas, instale botoeiras de emergência e mantenha a presença de um guardião de piscina.