Depois de dois meses afastada pela Justiça por suspeita de envolvimento com a milícia da Zona Oeste, a deputada estadual Lucinha (PSD) voltou ao trabalho na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na sessão desta terça-feira (20).
Chamada de “madrinha” por Val Ceasa (Patriota), que presidia o expediente inicial, Lucinha disse que está num momento difícil e que não teve acesso ao conteúdo da investigação para que possa prestar esclarecimentos.
Agradeceu aos colegas por não terem cometido uma “injustiça” e por darem a “oportunidade de retornar ao mandato para resgatar sua dignidade”. Refutou ainda as acusações: “nunca fui braço da milícia”.
Lucinha foi alvo de operação da Polícia Federal no dia 18 de dezembro, por suspeita de envolvimento com a maior milícia da Zona Oeste. Na ocasião, a Justiça determinou o seu afastamento do cargo. Mas, como ela tem mandato de deputada estadual, a decisão precisava passar pelo crivo dos colegas — que preferiram reintegra-la às funções.
Mas, como acordado, Lucinha vai enfrentar um processo no Conselho de Ética e ainda corre o risco de ter o mandato cassado.