A Assembleia Legislativa (Alerj) aprovou, nesta quinta-feira (5), em primeira discussão, um projeto de lei que inclui, no calendário oficial do Estado do Rio, o “dia em memória às vítimas do massacre ao povo de Israel pelo grupo terrorista Hamas“.
O texto agora volta a ser debatido pelos parlamentares em segunda discussão, mas recebeu abstenção de votos das bancadas do PSOL e do PT. Na justificativa do voto, Flavio Serafini (PSOL), afirmou que a resposta do governo de Israel ao ataque do Hamas causou 40 vezes mais mortes.
“Não podemos ignorar a perseguição do povo judeu. Mas é difícil a gente se lembrar, nas últimas décadas, um massacre tão grande ao que a gente tem visto ao povo palestino. A Faixa de Gaza tem dois milhões de pessoas – e já foram mortas pelo estado de Israel, desde que houve o massacre, mais de 50 mil pessoas. Nós estamos falando de um genocídio”.
Logo após a fala de Serafini, a deputada Marina do MST (PT) declarou abstenção de voto da bancada do partido do presidente da República.
Projeto lembra vítimas de Israel
Se o projeto for aprovado em segunda discussão pelos parlamentares e receber sansão do governador Cláudio Castro (PL), a data será comemorada no dia 7 de outubro – quando o grupo palestino lançou um ataque surpresa e matou mais de 1.400 pessoas. O objetivo do projeto é mostrar a importância da data para a sociedade fluminense, mas não cita as consequências para o povo palestino.
O autor da proposta, o deputado Átila Nunes (PSD), declarou que a data vai possibilitar o desenvolvimento de uma consciência crítica para que não se repitam crimes contra o povo de Israel.
“O massacre, que deu início ao conflito, está sendo esquecido. Esse projeto visa chamar atenção para o ataque do Hamas”, concluiu o parlamentar.