A coligação Força para Mudar, de Rodrigo Amorim (União Brasil), conseguiu uma liminar para o prefeito Eduardo Paes (PSD) tirar das redes sociais a postagem na qual anuncia o apoio de um grupo de evangélicos. Segundo a ação movida pelo escritório Tiago Santos Advogados Associados, a gravação com líderes da Assembleia de Deus foi feita dentro do gabinete do prefeito, em horário de expediente
“Destaco que o vídeo postado pelo candidato Eduardo da Costa Paes realmente traduz ato com caráter eleitoral, configurando evidente manifestação de apoio político no interior do gabinete da Prefeitura do Rio de Janeiro, que é indubitavelmente um prédio pertencente ao Poder Público, configurando assim ocorrência de reunião política com evidente conotação eleitoral realizada no interior de bem público, perfazendo, dessa forma, a prática de propaganda eleitoral irregular”, diz o juiz da propaganda eleitoral, Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves.
Paes consegue barrar vínculo com Cabral
O prefeito deu o troco — mas em Alexandre Ramagem, do PL. Obteve a suspensão de um comercial em que Ramagem (PL) o associa ao ex-governador Sérgio Cabral. A ação alegou que a propaganda tenta “desconstruir” a imagem do prefeito a partir de “fato sabidamente inverídico e substancialmente desatualizado”. O advogado de Paes também pediu direito de resposta, mas não conseguiu.
A partir dos documentos apresentados, o juiz considerou “inadequada, descontextualizada e inverídica” a associação da imagem de Paes ao ex-governador, pois Cabral está “notoriamente fora do processo eleitoral das eleições 2024”.