“Contra burguês, vote 16”. O lema do pequeno PSTU sempre ressurge a cada dois anos, quando tem eleição, e, de certo modo, entrou para o folclore popular. Contudo, tal qual o hit “Ey! Ey! Eymael”, do ex-candidato à presidência pela Democracia Cristã (DC), o slogan não tem sido suficiente para fazer com que a legenda socialista consiga eleger um candidato no Estado do Rio.
Entretanto, não dá para afirmar que seus quadros não são persistentes, mesmo tendo de se contentarem com as últimas colocações nos pleitos mais recentes. Em algumas das principais cidades da Região Metropolitana, como Rio, Niterói e São Gonçalo, as mesmas “figurinhas repetidas” surgem, a cada eleição, tentando convencer o eleitor a lhes dar uma chance.
Rio de Janeiro
Na capital, o intrépido professor e bancário aposentado Cyro Garcia vai para sua quarta eleição seguida para a Prefeitura do Rio. Além disso, já tentou cargos como governador, senador, deputado federal e vereador. E todas sem sucesso. O melhor resultado foi uma vaga como suplente de deputado federal na década de 90, quando era do PT, e assumiu o mandato por um período. Ao todo, disputou 11 eleições.
Niterói
Em Niterói, três persistentes militantes do partido se revezam na busca por um lugar ao sol desde 2012. Naquele ano, Heitor Fernandes foi o candidato do partido enquanto em 2016 ele foi vice na chapa da professora Danielle Bornia. Ela tentou repetir a dose em 2020, mas teve o registro indeferido pelo TSE e o também professor Sérgio Perdigão assumiu a chapa. Este ano, ele será vice justamente de… Danielle Bornia.
São Gonçalo
Em São Gonçalo, o grande nome da legenda é a professora Dayse Oliveira, que concorreu à Prefeitura em quatro oportunidades (2004, 2012, 2016 e 2020), além de uma candidatura a vice (2008). Para este ano, contudo, as pretensões são mais modestas: ela tenta uma vaga na Câmara Municipal. Também concorreu para o governo estadual em 2014 e 2018, senadora (2006) e vice-presidente (2002), sem sucesso.