A empresa Plural, responsável pela coleta de lixo em Mangaratiba, na Região da Costa Verde do Rio, abandonou o município na madrugada deste domingo (19), retirando seus caminhões sem aviso prévio à prefeitura da cidade.
O abandono causou o acúmulo de resíduos em diversas áreas de Mangaratiba, causando transtornos e gerando preocupações quanto aos riscos à saúde pública dos moradores.
O prefeito Luiz Cláudio (Republicanos), que assumiu o cargo há 19 dias, usou as redes sociais para alertar a população sobre a situação e pedir colaboração. Ele solicitou que os moradores evitassem colocar lixo nas ruas até que a coleta fosse normalizada, e garantiu que estava tomando todas as medidas jurídicas necessárias para resolver o problema o mais rápido possível.
“Peço a todos que sejam parceiros da prefeitura neste momento crítico e colaborem para minimizar os impactos causados pelo abandono da Plural”, declarou Luiz Cláudio.
Histórico de problemas
Este não é o primeiro episódio envolvendo falhas na gestão da Plural. A empresa já enfrentou sérias dificuldades em outras cidades. Em dezembro de 2024, a coleta foi interrompida em Laguna, no Espírito Santo, onde o contrato emergencial de cinco meses gerou diversas reclamações de atrasos, especialmente na Praia do Sol.
Em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, a prefeitura precisou acionar a Justiça para obrigar a retomada da coleta. No caso de Carapicuíba (SP), a empresa suspendeu os serviços em julho de 2024, o que levou a prefeitura a contratar emergencialmente outra empresa.
Em São João da Boa Vista (SP), a situação foi similar, com a UrbSan Logística Ambiental assumindo o serviço depois que a Plural abandonou o município. Em Londrina (PR), a empresa foi acusada de atrasar os pagamentos de funcionários, o que expôs ainda mais suas dificuldades financeiras.
A crise também chegou a Porto Alegre (RS), onde a Plural venceu uma licitação para a coleta de lixo em 2023, mas desistiu da operação, deixando a cidade em busca de uma nova solução.