O prefeito do Rio e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), visitou no hospital o candidato a vereador Leonel de Esquerda (PT), no final da manhã desta segunda-feira (2). Leonel está internado no Hospital Glória D’Or, após ser espancado, no domingo (1º), em confusão envolvendo o candidato a prefeito Rodrigo Amorim (União).
Após a visita, Paes condenou a agressão que classificou como violência política. O prefeito cobrou que haja consequências mais duras a quem praticar atos do tipo.
“Leonel foi covardemente agredido ao encontrar um candidato a prefeito adversário. Tomou um chute na cara, espancado. A mensagem que eu quero passar é demonstrar que a violência política não leva a lugar nenhum. A gente tem que manter no campo do argumento. Violência política é inaceitável e intolerável”, disse.
Mais cedo, o partido de Paes, o PSD, emitiu uma nota sobre o caso. A legenda também condenou as agressões sofridas por Leonel.
“O PSD presta sua solidariedade a Leonel, que está hospitalizado, e ao Partido dos Trabalhadores, que faz parte da coligação ‘É o Rio seguindo em frente’, e cobra providências das autoridades diante de mais um lamentável episódio de violência política, que representa uma afronta à democracia brasileira e um ataque ao processo eleitoral”, disse o partido.
Entenda o caso
Leonel Quirino da Silva Neto, o Leonel de Esquerda, estava panfletando na Praça Varnhagen, na Tijuca, na manhã de domingo. No mesmo local, o vereador Rogério Amorim (PL) fazia um adesivaço. O clima já estava quente, quando o deputado estadual Rodrigo Amorim, candidato a prefeito pelo União Brasil, seguiu em direção ao evento do irmão e passou por Leonel.
O petista começou a gravar imagens do deputado. Amorim chutou o celular, que voou, e quando Leonel tentou pegar o aparelho, chutou mais uma vez. Antes que Leonel se recuperasse, um grupo de rapazes passou a agredi-lo. O petista foi atendido no Hospital Glória D’Or, que identificou fraturas na face e no nariz.
“Ele (Leonel) sempre provoca, xinga e anda com o celular na mão, gravando as reações dos políticos. Não é a primeira vez. Hoje ele xingou minha mãe, que morreu há três anos e nem era da política. Estava com mais dois homens e parecia estar com um objeto na cintura, que poderia ser uma faca”, defendeu-se Amorim.