A 16 dias do encerramento do prazo de filiação, os aliados do prefeito Eduardo Paes (PSD) andam abespinhados. A turma reclama que o moço mantém todo mundo no cabresto do PSD — e, mesmo ultrapassando os limites do bom senso, não distribui o excedente entre os partidos da base, como reza a tradição dos mais bem colocados na disputa eleitoral.
O PSD de Paes está com 16 nomes fortíssimos na nominata, entre vereadores de mandato e os novatos que chegam da prefeitura cheios de gás. Os mais experientes analistas, porém, apostam que o partido governista só elege, com folga, de oito a dez. E deve chegar, no máximo, a 12.
Não à toa, a lista ganhou um apelido inspirado no sorteio dos grupos da Copa do Mundo: passou a ser conhecida, na Câmara, como ‘nominata da morte’.
Quatro vereadores arriscados a perder o mandato, preocupadíssimos, procuraram Carlo Caiado, mandachuva da Câmara e presidente municipal do PSD. Caiado levou os descontentes a um encontro com o prefeito. Paes, sendo Paes, não abriu mão deles, e não indicou um partido do grupo no qual eles tivessem mais chances.
O quarteto saiu do encontro com o ânimo abaixo da linha do pré-sal.
Esse prefeito quer tudo e acabará ficando com nada. Não governa direito e nem faz o trabalho de casa, pensando somente no partido.