O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), fez uma cobrança pública ao Ministério da Educação (MEC) para que a PUC-Rio seja autorizada a criar um curso de graduação em medicina. O mandatário fez uma publicação em suas redes sociais, nesta terça-feira (29), na qual compartilhou um ofício enviado a ele pela universidade, pedindo ajuda na solicitação.
“São três anos tentando fazer com que a ridícula situação da criação de um curso de medicina na PUC-Rio seja superada pelo Ministério da Educação, através da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior. Nesse meio tempo, são tantos os cursos de medicina liberados no Brasil”, afirmou o prefeito.

Paes ainda marcou na publicação o ministro Camilo Santana. O prefeito afirmou que o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, próximo ao campus da instituição, também estará inserido em um eventual projeto envolvendo a nova graduação em medicina da PUC.
“Se eu não conhecesse tanto a seriedade do ministro, até acharia estranho que o único curso de uma Instituição de Ensino Comunitário não seja apreciado por essa área do ministério. As ‘universidades indústria’, inclusive no Rio, que expelem diplomas, não tem enfrentado qualquer problema burocrático”, emendou Paes.
O discurso do prefeito foi endossado pelo secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha. “A criação da graduação em Medicina na PUC-Rio faz parte de uma visão estratégica da cidade do Rio como um polo científico de inovação e conhecimento. A PUC-Rio é uma das instituições com maior credibilidade, respeito e qualidade no país. Fundamental essa conquista”, disse.
A cobrança ganhou coro até mesmo na oposição. O vereador Pedro Duarte (Novo) respondeu ao post de Paes e disse: “100% de acordo nessa cobrança! É uma vergonha o que o MEC faz há anos com a PUC-Rio”.
A reivindicação da PUC-Rio já se arrasta há anos. O Departamento de Medicina da universidade criou uma página na internet e um abaixo-assinado pedindo o apoio da comunidade médica para pedir à Prefeitura do Rio que solicite junto ao MEC a inclusão do Rio de Janeiro como região elegível para abertura de nova graduação em Medicina. O manifesto já conta com cerca de 3,1 mil assinaturas.