Uma discussão no grupo de whatsapp da organização da campanha de Alexandre Ramagem (PL), no último domingo (08), provocou a saída de Jorginho Amaral — responsável por uma equipe de 60 cabos eleitorais que pedem votos para o deputado federal na Zona Oeste. Jorginho foi superintendente (cargo que equivalia a subprefeito) de Campo Grande no governo Marcelo Crivella. É irmão da deputada estadual Lucinha, mas está brigado com ela há mais de dez anos.
A confusão começou quando o diretório municipal pediu aos coordenadores que mandassem a programação da semana. Jorginho — que não é contratado pelo PL, mas indicou o grupo de cabos eleitorais — respondeu cobrando celeridade no “pagamento dos colaboradores”. No contra-ataque, o diretório afirmou que todos já tinham recebido, com exceção de duas pessoas — que apresentaram problemas com as contas bancárias onde deveriam ser depositados os pagamentos. O presidente municipal do partido, Bruno Bonetti, não gostou da cobrança em público.
O episódio repercutiu na Zona Oeste, que ainda está às voltas com uma treta envolvendo o candidato a vereador Pedro Viana. Viana contratou um exército de cabos eleitorais em Sepetiba, sua base eleitoral, dizendo contar com recursos do partido. E, agora, não tem como pagar.
‘PL é o único partido a repassar R$ 40 mil a todos os candidatos’
Bonetti gravou um vídeo e divulgou uma explicação nas redes sociais. Disse que o PL é a única legenda que estabeleceu um piso: todos os candidatos a vereador, sem exceção, vão receber R$ 40 mil. Alguns, com mais chance na disputa, até receberão mais. Mas nenhum ficará a ver navios.
“Nós não nos comprometemos com ninguém”, disse Bonetti, no vídeo. “Mas todos receberão. Nenhum partido fez isso, só o PL decidiu ter mais isonomia na disputa”.