O contrato de R$ 16, 1 milhões que o Detro assinou com o Consórcio Rio Parking Carioca para os serviços de remoção, depósito e guarda de veículos rebocados pode parar no Tribunal de Contas do Estado (TCE). A contratação para reboques foi criticada por parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que anunciaram que vão apresentar denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e defenderam ainda a extinção do Departamento de Transportes Rodoviários do estado.
Na sessão desta quinta-feira (18), o deputado Filippe Poubel (PL) afirmou que vai apresentar uma denúncia ao TCE para pedir o cancelamento do contrato de R$ 16 milhões.
“O Detro é o banco da máfia dos reboques, usado para atormentar os cidadãos de bem. Não vejo ele fiscalizar ônibus sucateado e com pneu careca. É uma vergonha o governo Cláudio Castro alimentar essa máfia. O Detro deveria ser extinto”, disse Poubel.
O veterano Luiz Paulo (PSD) fez coro. Além de sugerir a aprovação de uma auditoria do Detro, destacou que o departamento não deveria existir porque temos a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado).
“Se o deputado Poubel formular também uma denúncia à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) a gente aprova uma auditoria no TCE porque o Detro não pode abrigar uma máfia de reboque. O Detro deveria ter sido extinto quando se criou a agência reguladora, que deve fiscalizar as concessões dos modais. É uma aberração ter a Agetransp e ter Detro, é um duplo gasto”, criticou Luiz Paulo, lembrando da previsão de déficit de R$ 13 bilhões para 2025.
Contrato
O contrato do Detro em favor do Consórcio Rio Parking Carioca foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (18). O grupo é composto pela TCR Construtora Eirelli e APL Administração de Pátios e Leilões Ltda.
A APL é a mesma que já era responsável pela administração dos pátios que abrigam veículos apreendidos e pelos leilões daqueles que são recuperados pelos proprietários. Ano passado, o serviço foi suspenso depois que, pressionado pela Alerj, o Detro cancelou o convênio com a empresa.
A contratação do consórcio, entretanto, não gera ônus ao estado, uma vez que são os proprietários que pagam o serviço quando arcam com as despesas para recuperar os veículos rebocados e enviados ao depósito.