A Polícia Civil do Rio instaurou um procedimento para apurar as ameaças recebidas pelo deputado estadual Carlos Minc (PSB) na internet, após ele denunciar que policiais militares teriam sido coagidos a participar de um culto religioso no Largo do Machado, na Zona Sul da cidade.
A informação foi divulgada pelo próprio Minc nesta quarta-feira (3), durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Segundo o parlamentar, uma das mensagens recebidas afirmava que era para ele ser atingido por disparos de um fuzil calibre 7,62 — arma de guerra de alto poder destrutivo.
Diante disso, Minc disse já ter comunicado as ameaças ao secretário de Polícia Civil, Felipe Curi. O caso foi encaminhado à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), responsável por investigar a autoria das mensagens.
Sobre a denúncia de Carlos Minc
A denúncia do deputado já foi tema de debate em duas sessões no plenário da Alerj.
Na primeira, o deputado Carlos Macedo (Republicanos) abriu uma bíblia em plenário e presenteou Minc com um exemplar, após o colega levantar a questão sobre a compatibilidade da prática com o caráter laico do Estado. Em outra ocasião, parlamentares ligados a segmentos evangélicos, como Douglas Gomes (PL) e Tia Ju (Republicanos), acusaram Minc de promover “perseguição religiosa”.