Dois dias depois de anunciar que tinha pedido exoneração e ameaçado fazer uma denúncia por dia sobre irregularidades no governo do estado, o advogado Victor Travancas diz que fica. Afirmou que o governador Cláudio Castro (PL) não aceitou o seu pedido e que “isso envolve uma amizade de décadas”.
Mais até do que o caso Lucinha, o desafio de Travancas, e a falta de iniciativa do governo em responder à provocação, foram os principais assuntos na abertura do ano legislativo, nesta terça-feira (6), na Assembleia.
O advogado chegou a dizer que o governo queria “mantê-lo refém”; e fez a primeira denúncia. Revelou, e comprovou apresentando documentos, que R$ 3 milhões destinados ao teatro haviam sido “desviados para pagar a produção do camarote do governador na Marquês de Sapucaí”.
Mesmo assim, não foi demitido.
Ao contrário, informou que Castro o colocou “como responsável pelo compliance do governo”, e que vai “colaborar na perseguição de fatos que considere anti-éticos” na administração estadual.
Não é a primeira vez que Travancas age desta forma. No governo de Marcelo Crivella, entrou com ação e conseguiu impedir a nomeação do filho do homem, Marcelo Hodge, para o cargo de secretário da Casa Civil.
Depois, interrompeu a artilharia e ganhou um cargo na empresa pública RioEventos. Era nomeado no governo quando foi uma das principais testemunhas contra o chefe na CPI dos Camarotes (olha a Sapucaí de novo aí, gente!).
Brigou de novo com o governo Crivella e, ruidosamente. “pediu exoneração”. Lá, o pedido também “não foi aceito”. Lembrando demissão é um ato unilateral e não precisa da concordância de ninguém.
Definitivamente, a novela se repete.
Que cara mais babaca e comprometido. Disse que sabia de muitas irregularidades e que iria denunciar uma a cada dia. Se fosse o MPE investigaria.
Esse país não é sério não. O cara faz uma denúncia, diz que tem como provar e depois sai de fininho como se nada tivesse acontecido. Vendido!
Este cara é um dos homens mais sérios que eu conheço. No Estado todo mundo tem medo dele. É um advogado brilhante. É a única pessoa que tem coragem de denunciar a corrupção.