O prefeito de Volta Redonda, Antonio Neto (PP), terá que responder ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) sobre as providências que tem tomado para conter o surto de dengue na cidade do Sul fluminense.
A 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Volta Redonda envia a cobrança, na tarde desta segunda-feira (26), após tomar conhecimento que Nilzete, uma das moradoras do bairro Aero Clube, morreu vítima de dengue.
“Vou instaurar um procedimento e mandar uma recomendação para a Prefeitura”, antecipou o promotor Leonardo Yukio Dutra dos Santos Kataoka.
Em março do ano passado, Nilzete Figueiredo de Oliveira Andrade, de 63 anos, fez uma manifestação ao lado da vila onde mora, denunciando que a garagem de carros inservíveis da Prefeitura de Volta Redonda era foco de mosquitos e ratos. Nilzete cobrava limpeza do local depois que outra moradora, a Elazir de Souza Oliveira, de 78 anos, morreu vítima de dengue. Neste último domingo (25), Nilzete foi enterrada após contrair a virose que tanto lutou para combater o avanço.
Segundo o viúvo de Nilzete, Adalton Andrade, foi a segunda vez que a mulher pegou a doença. “Ano passado, tivemos uma morte nessa mesma época. Praticamente todos da rua pegaram dengue e não vieram limpar (o depósito)”, contou.
O bairro Aero Clube vive um surto de dengue e a garagem para guardar a frota municipal é apontada como um criadouro de mosquitos. Os veículos sucateados acumulam água da chuva, servindo para reprodução do Aedes aegypti e também de outros insetos.
A morte de Nilzete ainda não entrou na contagem oficial do estado. Até o momento, existe a confirmação de seis vítimas da doença.
Um absurdo a PMVR ficar nessa passividade toda, moro na mesma rua onde as duas vítimas foram a óbito por causa da doença, e essa garagem é o foco principal da proliferação do mosquito. Até o momento não tivemos nenhuma resposta em relação a retirada dos carros sucateados, isso demonstra o total descaso que as autoridades têm com os moradores do bairro Aero Clube.