O verão é o grande terror de quem é obrigado a trabalhar com roupas abafadas como ternos, uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Contudo, em 2024, o calorão chegou mais cedo, com temperaturas figurando entre as mais altas do ano, perto dos 40°C, ainda durante o mês de setembro.
Se setembro foi quente, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que as temperaturas deverão ser acima da média em grande parte do país em outubro. Além disso, deve prevalecer o clima seco até meados de novembro, segundo prognóstico feito em conjunto com a a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme).
A médica clinica geral e epidemiologista Ana Sodré deu algumas dicas de como lidar com as altas nos termômetros. Primeiro ela destacou que o maior risco para essas pessoas que trabalham usando roupas abafadas é o aumento da temperatura corporal.
“Estamos vivendo momento de altas temperaturas num período que normalmente não era para ter. Pessoas que precisam usar uniformes, EPIs, terno, ficam com a temperatura mais elevada”, disse.
Hidratação é essencial
Uma das recomendações básicas destacadas pela médica é a hidratação. Ana Sodré enfatizou que é preciso consumir quantidade de água proporcional ao peso da pessoa, de 30 a 40 ml por quilo.
“Normalmente os ambientes em que se trabalha têm ar condicionado, mas tanto o calor quando o ar condicionado desidratam a pele. Recomendo que as pessoas tomem água proporcionalmente a seu peso”, pontuou.
Frisou ainda a importância de uma necessidade de atenção especial a idosos e crianças, que sofrem mais durante os dias mais quentes. Por fim, fez diferentes recomendações como, por exemplo, usar roupas mais claras e evitar lugares fechados.
“Em períodos mais calorentos, deve-se tomar mais um pouco mais de água. Idosos e crianças precisam se hidratar com mais regularidade. Evitar ficar em lugar fechado por muito tempo, usar roupas claras e consultar regularmente o médico”, finalizou.
Por que setembro foi tão quente?
Segundo o Inmet, a redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano, devido à persistência de massas de ar seco, ocasionou a diminuição da umidade relativa do ar e, consequentemente, favoreceu o aumento da incidência de queimadas, além do aumento de doenças respiratórias.