Já foi o tempo em que construção civil e sustentabilidade não cabiam na mesma frase.
De acordo com Cláudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), o setor apresentou, nos últimos cinco anos, um crescimento de 40% no reaproveitamento de resíduos e 30% mais obras consideradas sustentáveis. Atualmente, 60% das empresas contam com certificações ambientais.
Os dados revelam um avanço considerável e foram apresentados nesta segunda-feira (26), durante o seminário Rio Summit, realizado na Casa Lide, em São Paulo.
Hermolin participou do painel “Os avanços da agenda ambiental e de saneamento no Rio”, com o secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi; o secretário-chefe da Casa Civil, Nicola Miccione; o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon; e o CEO da Águas do Rio, Anselmo Leal.
Com o tema “Rio: potenciais de um estado que não para de crescer”, o encontro reuniu autoridades públicas e líderes empresariais para discutir os avanços em áreas estratégicas.
Cobrança de sustentabilidade vem dos investidores e da própria sociedade
Hermolin afirmou que o aumento no número de certificações ambientais reflete o comprometimento das empresas com as exigências de sustentabilidade, cada vez mais valorizadas por investidores e pela sociedade.
“O crescimento sustentável da construção civil é essencial para o futuro do estado. O setor tem investido em soluções que unem desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental”, destacou. “As empresas estão cada vez mais focadas em eficiência ambiental desde o projeto até a entrega das obras.”
O painel também discutiu os avanços do estado na área de saneamento básico e os desafios de universalização do acesso à água e esgoto tratados, como destaque para parcerias entre os setores público e privado. O Summit Rio reforçou o protagonismo do Rio em políticas voltadas à sustentabilidade e à infraestrutura, colocando a construção civil como uma das forças motrizes dessa transformação.