Em plena era das plataformas digitais, procedimentos que antes levavam horas hoje gastam apenas alguns segundos. Todavia, não é o caso dos trabalhadores do setor do comércio do Rio de Janeiro. Uma fila quilométrica se formou ao redor da sede do sindicato, no Centro do Rio, na manhã desta quarta-feira (9) para o cancelamento do desconto sindical.
A fila se estendeu desde a portaria do Sindicato dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro, na Rua André Cavalcanti, percorrendo a Rua do Rezende, chegando próximo à Avenida Mem de Sá. Centenas de trabalhadores aguardaram para entregar a carta pedindo o cancelamento do desconto, desde as primeiras horas da manhã.
De acordo com as pessoas que estavam na fila, elas receberam um comunicado do sindicato afirmando que esta quarta seria o último dia do prazo para solicitar o cancelamento. A comerciária Márcia Silva entrou na espera por volta das 10h e pouco antes do meio-dia ainda não havia conseguido entregar a carta. Ela questionou por que o procedimento não pode ser feito online.
“Estou aqui para não ser mais descontada por essa contribuição. É um valor que varia para cada pessoa. Não explicaram por que teria que ser presencial. O sindicato apenas passou um comunicado dizendo que teríamos até hoje para entregar essa carta. Hoje em dia com tanta plataforma digital, seria mais prático se fosse online”, reclamou.
O que diz a entidade
O TEMPO REAL tentou conversar com representantes da entidade, mas um funcionário que recepcionava as pessoas na portaria afirmou que o presidente do sindicato estava em reunião e que encaminhariam uma nota oficial.
De acordo com o comunicado, a entidade recebe a Carta de Oposição à contribuição negocial, embora, em assembleia, a categoria tenha aprovado a contribuição de 1% da remuneração mensal , com o teto máximo do desconto limitado a R$50.
A nota também explicou que o comerciário pode optar pelo cancelamento do desconto por meio da carta, de próprio punho, entregue presencialmente na sede do sindicato até esta quarta. Os comerciários contratados após a data limite poderão emitir o documento até 10 dias corridos da data de admissão.
O sindicato ainda pontuou que, em anos anteriores, devido à pandemia da covid-19, os comerciários enviaram as cartas pelos Correios, mas foi retomada a entrega presencial no sindicato. Contudo, não explicou o porquê da necessidade de a entrega ser presencial e não pela internet, por exemplo.
“Também há outro fato comprovado pelos comerciários, os empresários os incentivam a assinarem as ‘cartas’, prática antissindical, para inibir a atuação do sindicato, já que a contribuição é uma das maneiras de manter o órgão atuante e forte para negociações com os setores patronais”, disse a entidade.
Balanço
Por fim, o sindicato afirmou que, no ano de 2023, apenas cerca de 10% da categoria apresentou a Carta de Oposição, entretanto, todos, sem exceção, são contemplados com o reajuste salarial, assegurado acima da inflação, os benefícios e direitos conquistados nas negociações entre sindicato e empresários.
Por mim estava bom sem sindicato , isso e uma vergonha o sindicato da 4% de aumento e toma 1% aí vem com essa conversinha mole .
Tem que acabar aí quero ver mana na teta .