Moradores e empresários do Peró, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, estão preocupados com os impactos no trânsito da área urbana do bairro durante o carnaval. A apreensão surgiu devido à redução no número de vagas de estacionamento na Ilha do Japonês, medida tomada pela prefeitura ao organizar e regulamentar o uso do espaço.
A Associação Comercial, Empresarial e Turística do Peró (Acetur) e o grupo Amigos do Peró alegam que, anteriormente, o estacionamento na Ilha do Japonês tinha capacidade para 3 mil veículos, mas agora oferece apenas 300 vagas.
Essa redução, segundo o presidente da Acetur, Anderson Akel, fará com que muitos motoristas busquem alternativas na zona urbana do Peró, que, na avaliação dele, não possui infraestrutura nem vagas suficientes para atender à demanda.
“Na verdade, criaram um sistema que transfere o problema de um lugar para outro. Quando fecham um estacionamento que tinha capacidade para 3 mil carros e deixam apenas 300 vagas, os 2.700 carros que estacionavam ali vão acabar indo para a parte urbana do Peró, que também não tem estacionamento suficiente. O problema é que, até o motorista perceber isso, ninguém informa nada. Ele chega, anda, anda, anda e acaba estacionando onde pode. É uma confusão”, afirmou.
Falta de comunicação da prefeitura
Além disso, a população questiona por que a Prefeitura de Cabo Frio não mencionou a área urbana do bairro do Peró em suas comunicações oficiais sobre as mudanças nas sinalizações e no trânsito para o carnaval, uma vez que, segundo as entidades, essa região será a mais afetada.
O Peró é um bairro localizado em Cabo Frio e possui uma praia com 7,2 quilômetros de extensão. A área também inclui a Praia das Conchas, o Pontal do Peró e a Ilha do Japonês, considerados subbairros. Juntos, esses locais fazem parte do conjunto maior do Peró, sendo importantes pontos turísticos e de lazer da Região dos Lagos.
Procurada, a Prefeitura de Cabo Frio não se manifestou até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para um posicionamento.